Phantasy Star II: Parte 4 — Lava e repete

Lucas Pinheiro Silva
Diário de um Gamer
2 min readFeb 12, 2018

Após uma breve passagem pelas cidades de Zema e Kueri, seguida da devida exploração da dungeon de Roron, consegui um veículo aquático e cheguei à antiga base aeroespacial de Piata. A experiência do jogo continua essencialmente a mesma: chegar numa nova cidade, acumular dinheiro, atualizar o equipamento, invadir a torre/calabouço/caverna/laboratório da vez. Lava a repete.

Em linhas gerais, todo RPG é basicamente isso, mas os com historinhas legais para dar embalo no ciclo costumam ser os mais populares. Não quer dizer que o gênero não esteja cheio de obras que sejam uma pura fonte de abnegação, com trama mínima, quando muito. Para cada Final Fantasy há uns 10 Diablos.

Phantasy Star II é basicamente isso: uma pura fonte de abnegação. Não há nada de errado com isso, apesar de eu estar esperando um título com uma narrativa bem mais elaborada. A fama do game como um dos melhores RPGs do Mega Drive me encheu de expectativas.

Contudo, Phantasy Star II não é totalmente uma fonte de abnegação. De forma tímida, é possível ver alguns elementos narrativos interessantes. Não presenciei nenhum outro momento chocante como o último, mas os NPCs começaram a dar informações mais interessantes sobre o mundo e novos personagens foram introduzidos.

Chegando à Piata, descobre-se que já faz uma década que os habitantes do planeta Algol baniram qualquer tipo de viagem espacial, devido a um terrível acidente. Isolados no planeta, eles transformaram o Mother Brain numa espécie de deus tecnológico, confiando à ele o desenvolvimento e segurança do planeta. A humanidade logo ficou letárgica, o que explica a incredulidade da população a aceitar que o surgimento dos monstros estava ligado ao computador central.

À medida que o protagonista desvenda o mistério por trás de Mother Brain, ele vai ganhando fama e chamando a atenção de outras pessoas. Logo o grupo de heróis dobra de tamanho. Desde minha última sessão, mais quatro personagens passaram a me seguir: Hugh Thompson, Anna Kirski, Josh Kain e Shir Gold, totalizando oito personagens. Uma quantidade razoável que, infelizmente, tem seu potencial narrativo desperdiçado — pelo menos até o momento. Fora uma breve introdução, não há diálogos entre os membros da equipe nem quests específicas para eles. Mas a adição deles é bem-vinda, nem que seja para dar mais variedade nas batalhas e composição da equipe.

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Lucas Pinheiro Silva
Diário de um Gamer

Estudante de história e fascinado pela indústria de entretenimento digital. Algumas vezes finjo que sei escrever e publico alguma coisa.