#29. Atraso

Gabriel Tarrão
diariodiario
Published in
3 min readMay 1, 2020

Santo Antônio de Jesus, 29 (?) de abril de 2020.

O título já sugere mais ou menos o que eu vou falar aqui, né?

No meio da estrada, um alarme quebrado.

Eu vinha mantendo uma disciplina impecável na publicação de meus textos diários. Nesse processo, algumas vezes passei por cima do cansaço, do estresse, de outras atividades que precisava realizar…

Nessa toada, eu consegui manter o ritmo, até este fatídico texto que neste momento ecoa pela vossa mente.

Falhei no tempo.

Curiosamente, isso aconteceu por uma ótica muito simples. Após finalizar as minhas atividades do dia, eu abri o computador para escrever o texto e fui resolver algumas outras atividades importantes. Tomar banho, trocar de roupa, passar um café, dar uma alongada. Eu sempre faço isso antes de ir para o registro do dia. Me ajuda a ter mais clareza na hora de escrever.

Ontem, o processo foi interrompido pela live do Calcinha Preta. Sim, pela live do Calcinha Preta. Alguns amigos queridos, professores da escola em que trabalho, resolveram fazer uma vídeo-chamada para acompanharmos a live juntos (afinal, somos todos tietes da CP).

Imediatamente, eu esqueci do texto e de que eu tinha me preparado para fazê-lo. Agora, estou aqui fazendo essa bagunça temporal para tentar trazer uma reflexão sobre isso tudo.

Em resumo, este texto deveria ter sido escrito no dia 30 de abril para referir-se ao dia 29 de abril (como o subtítulo já sugere). Pra deixar registrado, o dia 29 foi bem normal. Nada demais que eu pudesse compartilhar além de um pequeno texto explicando o que fiz no dia.

Curiosamente, nesse contexto, o meu atraso entra como atração.

Aconteceu. E tudo bem.

A nossa vida não é feita de cumprimentos plenos de tarefas. Nós vamos errar, vamos nos esquecer de fazer alguma coisa, vamos nos atrasar para um compromisso. Vai acontecer.

Eu descobri que tinha esquecido de escrever o texto enquanto estávamos numa resenha infinita no Google Hangouts e Leonan citou o meu diário.

Sim.

Eu esqueci.

Na hora, demos risada e todo mundo tentou criar uma teoria que eu iria inventar para explicar o motivo de não ter postado o texto no dia correto.

Não tem teoria.

Essa jornada não seria completa se não fosse imperfeita. Precisamos nos abraçar também em nossos equívocos e quando não cumprimos aquilo que esperávamos de nós mesmos. Faz parte do jogo.

Deixe que a imperfeição exista. Ela liberta.

Em tempo, eu devo escrever outro texto hoje, afinal o dia 30 foi maravilhoso por diversos motivos e merece um texto bem lindo pra coroar.

Curioso que esse atraso tenha acontecido bem pertinho do momento dessa jornada acabar. Parece que veio coroar.

Música do dia:

Hoje vou postar uma música minha.

Ela diz muito sobre essa perspectiva apresentada hoje aqui.

Além dela, para alimentar as descobertas musicais, vamos de "Dança Diferente", da Maglore.

"A gente vai seguindo em frente, a gente ri de si pra não chorar".

Até mais tarde!

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