Entenda sobre minhas NOTAS de Filosofia não-materialista

André Silva
#Diários de bordo
Published in
3 min readMay 6, 2020

Estou postando uma série de Notas no Medium a que convém uma contextualização para entenderem do que se trata, e algo mais sobre elas.

Basicamente, estamos por aqui, na minha cidade, em Belo Horizonte, realizando um colóquio de Filosofia não materialista desde novembro de 2019. Este colóquio tem acontecido quase sempre aos segundos domingos de todo mês. Conforme a dinâmica definida, uma pessoa palestra por trinta minutos sem interrupções e durante uma hora e meia seguintes os participantes debatem o assunto com ela.

Desde o convite para a criação do colóquio, feito por dois amigos para me somar a eles no esforço, iniciei uma prática que já me era comum, a de tecer anotações, quase que diárias, refletindo o assunto, como num diálogo comigo mesmo. É preciso dizer que não havia pretensão de publicá-las, pois são como um exercício ou um caminho para se chegar a um fim. Contudo, decidi pela publicação porque entendi, relendo-as, que elas traduziam uma caminhada e poderiam ser bem úteis, pois apresentam de forma interessante a construção de um pensamento a partir de uma reflexão pura (isto é, uma reflexão livre, sem recorrer a consulta de livros, utilizando apenas minha mente e memória). Também tive estímulos de algumas pessoas que tem acompanhado os colóquios, já que esta ação por si só já é uma motivação tanto para que eu escreva mais sobre este assunto e outros, quanto para os próprios possíveis leitores de buscarem suas reflexões e o conhecimento também deste assunto, praticando este mesmo exercício tão importante.

Esclareço que nestas anotações me instalo numa posição completamente livre para imaginar e pensar (expressando) quaisquer coisas, dando-me o benefício do erro, sem perfeccionismos e sem receios de mudar de opinião, e mesmo, de me contradizer. E, assim, é esperável para mim que existam comentários nestas notas públicas que discordem do que nelas há escrito. E não raro eu concordarei com você, discordando de mim mesmo. Muitas vezes minha resposta poderá reforçar seu argumento ainda mais, e pode ser inclusive a contraposição a um absurdo. A liberdade de refletir, às vezes, nos faz jogar com estes, e isto é salutar, como um parâmetro, como a distopia e a utopia podem deflagrar a razão.

MAS esse trajeto atípico faço com a finalidade de avançar em um conhecimento fim que será, este sim, inteiramente assertivo nesses quesitos mínimos, obviamente que na medida do possível (quer dizer, nunca estarei, como ninguém, nem se quer perto da isenção de erros). Ou seja, este exercício mental é a explicitação do processo para se gerar algo de qualidade. E seu movimento não é linear. Isso causará estranhamento em muitos e muito provavelmente pode gerar críticas ou interlocuções diversas entre uma e outra nota, sobretudo se vistas isoladas do conjunto. Não fará mal, contudo, e provocarão a retomada dos diálogos dando-me oportunidade de trazer respostas que provavelmente já terão sido alcançadas em função de haver um atraso destas postagens em relação ao colóquio e à produção destas notas. Atualmente já estamos indo para o sexto evento.

Por fim, são anotações que partem da pergunta inicial deste colóquio: “É possível uma filosofia não materialista?”

--

--

André Silva
#Diários de bordo

Pensador, investigador e “filosofista”. Pesquisa a ciência, a consciência, o espírito, linguagem, cultura, redes, etc. Mestre em C.I. Instagram: @andrefonsis