Reflexão acerca da tecnologia no dia a dia jurídico

O bom debate com o seu time acerca do uso das ferramentas e softwares jurídicos.

Time Digesto
Blog Digesto
4 min readSep 23, 2021

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Tecnologia à serviço do mundo jurídico — Fonte: Pexels

2010, em perspectiva histórica, não foi a tanto tempo atrás.

Contudo, ao mesmo tempo, a sensação é de que naquele ano tudo era diferente e esse é só um exemplo acerca da contradição e complexidade deste mundo BANI (falamos sobre esse conceito aqui).

Para aqueles que já estavam no mercado de trabalho em 2010, o cenário era de não democratização dos smartphones aqui no Brasil e, como processo evolutivo portanto, ainda não se participava de audiência através de um link, nem se enviava com dois cliques a fatura do Uber, ou melhor, táxi para o contas a receber do escritório e sequer se imaginava que um software pudesse resolver inúmeros problemas das suas rotinas jurídicas.

Inegável o avanço tecnológico da última década, mas por mais fãs e cientes das facilidades do avanço tecnológico é preciso parar para refletir um pouco.

Porque, por mais que a gente possa considerar uma força externa imposta ao nosso dia a dia, o que todas essas facilidades têm em comum é: elas moram nos nossos celulares. Elas oferecem conveniência, preços baixos e conquistaram lugar em nossa rotina de maneira que não dá mais para imaginar como se vivia no mundo de antes.

Como assim ligar para pedir pizza? Como assim ir até o ponto de táxi? Como assim procurar uma imobiliária? Como assim sanear uma base de processos “na mão”? Procurar processo por processo no sistema dos tribunais para realizar uma auditoria?

Os avanços da tecnologia nos colocam esses questionamentos e fazem com que antigas realidades pareçam antiquadas e até mesmo absurdas.

Ocorre que, junto com todo o conforto, cada um desses serviços trouxe consigo mudanças sociais, econômicas e comportamentais profundas que dão espaço a reflexões importantes.

Neste contexto, com esse texto, o DIGESTO te convida para parar e pensar.

A reflexão não precisa ser individual, o objetivo pode ser, inclusive, de capacitar os seus recursos humanos. Assim, o convite à reflexão pode ser feito com todo o seu time.

O escritor L.M. Sacasas escreveu, há mais de seis anos, 41 perguntas que podem nos ajudar a entender as implicações das ferramentas que temos à disposição.

Não é um questionário, com perguntas eliminatórias, mas aspectos relevantes que, talvez, possam gerar boas conversas com seus colegas de trabalho e ensejar reflexão do impacto real e cada vez maior dessas plataformas na nossa sociedade.

AQUI você pode conferir a lista completa, mas das 41 perguntas destacamos 9 que nos chamaram a atenção:

  1. O que eu me tornarei como pessoa através do uso dessa tecnologia?
  2. Que tipo de hábitos o uso dessa tecnologia irá criar na minha vida?
  3. Como essa tecnologia afeta a minha percepção de tempo? E de espaço?
  4. Que coisas essa tecnologia me encoraja a perceber? E a ignorar?
  5. O que essa tecnologia requer de outras pessoas para que eu possa utilizá-la?
  6. De que forma essa tecnologia me empodera? E a que custo?
  7. Eu consigo me imaginar vivendo sem essa tecnologia? Por que?
  8. Usar essa tecnologia requer que eu pense mais, ou menos?
  9. Como o mundo seria se todos usassem essa tecnologia exatamente da mesma maneira que eu?

Responder e refletir sobre essas perguntas pode ser um primeiro e importante passo para começar a inserir conscientemente o uso e a adesão das ferramentas tecnológicas dentro do seu escritório ou departamento jurídico.

O ponto de atenção aqui é: para além de se pensar em um software ou sistema que vai “cuspir” um relatório na medida em que é alimentado com informações, a organização da sua advocacia deve se atentar para as boas práticas, naquilo que recentemente se consagrou chamar como LEGAL OPERATIONS.

A operação interna do seu escritório precisa coordenar 3 importantes pilares: pessoas + processos com rotinas internas + tecnologia.

O software jurídico escolhido é apenas uma das maneiras de se implementar a tecnologia no seu escritório. Se a engrenagem não estiver muito bem coordenada com as pessoas e com as rotinas internas, a organização e o crescimento simplesmente não acontecem de modo efetivo. E é a partir daí que vem as frustrações, as discussões intermináveis nas reuniões entre sócios e a sensação de que nenhum software serve para a sua realidade.

Quando escritórios de advocacia resolvem mudar seus padrões tradicionais de construção de soluções buscando a criação de sistemas de informações cada vez mais integradas, o papel do arquiteto de solução se torna mais importante pois sua visão e experiência, tanto tecnológica quanto de negócios, pode somar e ajudar na construção de uma solução efetiva e mais alinhada com as expectativas e rotinas do escritório.

Se você quer saber outras informações sobre os serviços de um arquiteto de soluções, entre em contato com o DIGESTO!

Você pode enviar um e-mail para digesto@digesto.com.br ou agendar uma reunião virtual com um de nossos especialistas.

Texto escrito pelo Time Digesto

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