Design para não designers: por que utilizar design thinking no seu dia a dia
Por Julia Cândido, Design Lead no SAS — Plataforma de Educação.
Você já deve ter percebido e até ouvido falar sobre as mudanças do mundo atual, com sua volatilidade, ambiguidade das coisas e como acontecem de forma caótica, mas sempre com um incrível poder de adaptação. É o famoso mundo VUCA. Em que empresas tem crescimentos exponenciais e ideias muitas vezes morrem antes mesmo de nascer.
E qual a melhor forma de estar preparado e não ficar para trás neste movimento que está acontecendo agora?
A transformação digital, que aqui no SAS — Plataforma de Educação chamamos carinhosamente de cultura digital, acredita no poder das pessoas. Em unir o melhor do que está na mente de cada um de nós para extrair os benefícios da tecnologia.
Com isso, que tal pensar de uma maneira diferente, que traz as pessoas para o centro das soluções.
“Para realmente entender as pessoas e suas necessidades, precisamos estar no mundo. Precisamos estar em contexto com as pessoas, observando-as em seus espaços e em suas interações”
- Coe Leta Stafford, IDEO U Managing Director
O design thinking
Neste momento, talvez, você possa estar se perguntando: mas que diabos seria isso, ou que diabéisso (com o melhor sotaque aqui de Fortaleza)? Ou talvez você já tenha ouvido falar, mas não se sentiria seguro se eu pedisse para explicar o que é, ou como aplicá-lo.
O design thinking é muito mais sobre a ótica de ver seu problema com outros olhos do que necessariamente uma fórmula mágica para todos eles. É tirar aquela velha lente que considera apenas a visão de produto e de quem vai construí-lo. É passar a ouvir de verdade as pessoas que os utilizam. É dar analgésicos e entregar valor para o usuário, sanando suas dores, satisfazendo suas necessidades.
E, esta maneira diferente de pensar, se sustenta no tripé da inovação: empatia, colaboração e experimentação.
1. Empatia: o segredo está em saber ouvir
Não confunda com simpatia e nem caia na ideia que sempre ouvimos de se colocar no lugar do outro. É realmente impossível se colocar no lugar do outro. Afinal, você não passou pelas mesmas coisas que a outra pessoa e se teve uma experiência semelhante, não se engane, ela não é exatamente a mesma. Você não tem a mesma bagagem que a outra pessoa.
A melhor forma de ser empático é se doar aos outros ouvindo legitimamente as dores e compadecendo do sentimento, sem tentar resolver o problema ou começar a falar sobre o que já passou.
É difícil, eu sei. Mas devíamos fazer disso um treino diário.
2. Colaboração: o poder está em construir junto
Colaborar tem sido o motivo de nossa sobrevivência ao longo de todos os tempos.
É só olhar para natureza e como esse comportamento colaborativo permite ir das necessidades mais básicas de sobrevivência a resolver e solucionar problemas complexos de forma criativa.
Ao colaborar, você pode pegar a maior de suas forças e juntar as de sua equipe e, com essa diversidade, realmente ir mais longe. As melhores ideias normalmente saem dessa combinação de pensamentos diversos.
O que seria do zagueiro sem o atacante? Treine suas forças e entenda suas fraquezas para conseguir pedir ajuda e retribuir.
3. Experimentação: o sucesso está em validar suas hipóteses
Agora que você já ouviu quem utiliza seu produto/serviço, entende um pouco mais de sua dor e trabalhou para ter boas ideias, chegou a hora de colocar tudo isso a prova.
O poder da experimentação está em testar ou dividir sua ideia com aquelas pessoas que realmente usam seu produto/serviço, antes de lançá-la. E por que isso? Só assim você conseguirá validar se o que está sendo construído realmente entrega um valor para seu cliente. E nesta experimentação você gasta pouco e evita desperdícios.
De nada serve a inovação se ela não é adotada. Lembre-se disso sempre que for fazer novas experimentações.
Por hoje este é o recado. Abra sua mente para novas formas de pensar e use formas criativas para resolver os seus problemas.
Assim você estará partindo de uma necessidade real do usuário para construir soluções com investimentos mais baixos e maior chance de sucesso.
(Thanks to Murilo Campos, some rights Reserved :))
Originally published at https://medium.com on November 12, 2019.
