Princípios da Agilidade

Para iniciar queria contar para vocês o maior desafio em se tornar ágil. Se engana quem pensa que é adotar uma metodologia, mas, na verdade, o primeiro passo é: aceitar que é preciso reaprender como fazer algumas práticas “comuns” do nosso dia a dia. É uma mudança cultural na forma de trabalhar e não é um método de trabalho o qual você irá implementar da noite para o dia.

Aqui na Cultura Digital temos como propósito construir um ambiente ágil, mas sabemos que isso é um processo evolucionário e não revolucionário, por isso estamos aqui para ajudar você nessa jornada. Uma de nossas Agilistas sempre reforça que:

“Agilidade não é uma coisa que você faz, mas uma coisa que você se torna! “

Mais importante do que explicar alguma metodologia em específico, é importante entender os valores que compõem o ágil. Tendo esses pontos em mente, você tem a base para começar a aplicar qualquer metodologia.

1- Indivíduos e interações: Entender que tudo começa nas pessoas e as interações humanas são mais importantes do que qualquer boa prática. Vale mais se atentar a confiança, respeito, abertura e coragem nas nossas interações como time do que aos processos e ferramentas.

2- Entregas funcionais: Produtos e serviços funcionais são mais importantes do que qualquer documentação pesada. Sabemos a importância de registrar nossas ações, mas devemos nos atentar se isso atrapalha de alguma forma a entrega de valor para o cliente.

3- Resposta à mudança: Reconhecer que é importante termos um plano a ser seguido, mas vivemos num mundo que muda constantemente, então precisamos nos adaptar às mudanças que acontecem a cada dia mais.

4- Colaboração com o cliente vale mais que negociação de contratos. Entrar em contato com o cliente para experimentar hipóteses e coletar feedbacks não é um sinal de fragilidade, mas a maneira mais potente de se atender com assertividade uma expectativa.

É importante saber que dentro do ágil existem diversas metodologias, então não se preocupe em aprender todas, cada uma pode se adequar melhor a sua realidade. Saiba que as metodologias são apenas ferramentas que irão te ajudar no dia a dia, auxiliando no ciclo de entrega criando um ambiente mais seguro, colaborativo e apto a inovar.

Se quiser entender melhor os princípios e se aprofundar um pouco sobre alguma metodologia, como Kanban e Scrum, temos um treinamento “Desmistificando ágil” que você pode acessar aqui para conhecer quais são as práticas.

Como a agilidade está presente no SAS

Aqui dentro do SAS a agilidade já está presente em alguns times, de diferentes formas.

Hoje vamos contar para vocês sobre a experiência da SAS TV com o ágil. Esse é um time do Conteúdo Digital responsável pela produção de vídeos cujo o fluxo de trabalho é: contatar professores e enviar roteiros, criar o vídeo piloto, realizar a revisão externa e, por fim, subir para a plataforma e chegar até o aluno. Para organizar toda a produção de uma série de vídeos, contam com um calendário fixo com entregas previstas para todo ano.

Essa equipe começou a sentir que a complexidade de suas operações estava muito grande e que às vezes a burocracia em seus processos não fazia sentido, então se questionaram “por que não testarmos algum modelo ágil?”

Com ajuda do time de Cultura Digital, entraram em contato com os princípios ágeis e algumas metodologias. O time começou então a adotar algumas práticas como realizar as diárias reuniões do Scrum (que consiste em 3 perguntas importantes: o que fez ontem, o que vai fazer hoje, se precisa de ajuda para algo), adotar um ciclo de entrega em sprints e utilizar ferramentas como o Miro e o quadro Kanban.

Apesar de ser um caminho de constante evolução, hoje o time já enxerga alguns ganhos na produtividade, cadeias de produção e visão sistêmica. Eles ainda mantém o cronograma fixo para o ano, e o ágil ajuda a olhar para um horizonte mais próximo, facilitando a priorização.

O mais relevante é que quando adotamos essa mentalidade ágil estamos empoderando o time. As pessoas se tornam mais autônomas com múltiplas funções, aptas a questionarem e propor mudança de fluxo, sem se limitar às suas tarefas, aumentando a colaboração.