Brainstorms NÃO funcionam!!! Faça Sprints…

Thomas Mansūr
Dinius — Design & Inovação
3 min readDec 18, 2018

--

A técnica de brainstorm se tornou popular em 1953, à partir de um livro chamado Applied Imagination, com ‘princípios e procedimentos para solução criativa de problemas’.

Pouco tempo depois, em 1958, a universidade de Yale já havia comprovado em um estudo que o mesmo número de pessoas envolvidas em uma atividade de brainstorm, geram ideias melhores, no mesmo tempo, se estiverem trabalhando sozinhas.

Desde então, inúmeros estudos de entidades renomadas como Newsweek (2010), Washington Post (2011), The New Yorker (2012), Fast Company (2013 e 2014) e Harvard Business Review (2015) têm resgatado esse fato.

Resumindo, as ideias que acabam sendo implementadas pelas equipes sempre vem de indivíduos que tiveram tempo para trabalharem sozinhos.

Quer absorver esse conteúdo via vídeo? Clique aqui!

Porquê Brainstorms não funcionam e como Sprints resolvem o problema?

1. Ideias geradas são rasas.

Não tenha medo, sua ideia é rasa mesmo…

Brainstorms prezam pela velocidade e pela quantidade de ideias, presumindo que no meio de várias ideias ruins, uma ideia genial surgirá.

O problema é que ideias boas surgem com atenção aos detalhes e requerem tempo para serem desenhadas.

Em um Sprint, cada participante tem um tempo reservado para pensar individualmente nas próprias ideias, desenhando com calma e profundidade. Sem sofrer a interferência de ninguém, sem discussões…

2. Carisma é mais importante do que conteúdo.

O carismático sempre passa por cima dos tímidos…

Por ser uma atividade em grupo, brainstorms geralmente destacam as pessoas mais carismáticas, que conseguem ser mais engraçadas, ou que conseguem fazer um discurso mais eloquente da própria ideia.

Em Sprints, após cada um trabalhar na própria ideia, todos analisam coletivamente o que foi criado e votam em silêncio no que mais gostaram.

Isso significa que ninguém precisa se preocupar em defender uma ideia, agradar o chefe, ou falar na frente de todo mundo. As ideias falam por si.

3. Movimento de manada.

“Sua ideia é GENIAL, chefe! Vamos trabalhar nela mesmo…”

Para não sofrer desgastes, muitas vezes as decisões são tomadas para ‘agradar o chefe’ ou simplesmente para evitar o esforço de realmente pensar em uma solução.

Solucionar problemas requer muita energia e compromisso, e muitas vezes as pessoas preferem simplesmente aceitar a opinião da maioria e seguir em frente.

Em Sprints, as decisões são tomadas com mais propriedade, através do papel do Decisor, que é o líder da empresa, do projeto ou do produto, e sabe avaliar qual é o melhor caminho a ser tomado.

4. Não gera resultados.

Geramos milhões de ideias! E agora?

A pior parte dos brainstorms é que ao final de uma sessão, uma pilha de ideias ruins foram geradas, mas não é acompanhada por uma plano de ação estruturado para testá-la e medir a sua eficácia.

Sprints foram desenvolvidos para gerar as melhores ideias e colocá-las à prova o mais rápido possível, gerando um protótipo e dados acionáveis, SEMPRE!

Muito além de gerar ideias (sejam boas ou ruins) o mais importante é executá-las e extrair aprendizados importantes para a solução do problema que está sendo abordado.

Ideias são superestimadas. O importante é a execução.

Conclusão

Sempre que um desafio surgir, contenha a vontade de fazer um brainstorm, reúna os stakeholders mais importantes do projeto e façam um Sprint!

That’s it! O que achou do artigo? :)
Sinta-se à vontade para deixar dúvidas, comentários e sugestões, e caso tenha outras técnicas para gerar ideias, compartilhe suas experiências!

Abraços e até a próxima!

--

--