A vitória dos derrotados
ou a derrota dos vencedores?
Acho que já posso nos chamar de sobreviventes né? Cá estamos em novembro de 2020, ano este, digamos, peculiar da desgraceira, porém chegamos até aqui vivos e fortes.
Partindo da frase: “Nem sempre quem ganha é o verdadeiro vencedor”, que serve pra dizer, olha ‘não se abale com as derrotas por que o melhor vem lá na frente ou serve pra livrar de uma roubada’, assim mesmo, bem auto ajuda coisa que eu odeio, mas vamos lá, você vai entender meu ponto. (sorry tô bem caótica esses últimos dias rs)
Tá rolando eleição nos EUA e lá o sistema é diferente onde por vezes o candidato com maior número de votos NÃO VENCE a disputa. Enfim…problema deles. Eu SEMPRE lembro do Al Gore.
Al Gore foi o vice-presidente do Bill Clinton entre os anos 1993 e 2001 e em 2000 foi candidato à presidência do Partido Democrata nas eleições americanas. Quem concorria com ele era o George W. Bush.
Bom, o final é história, Gore teve o maior número de votos, mas foi Bush que ganhou. Como a vida é uma coisa muito louca e a terra plana dá voltas, houve o 11 setembro (imagina ser presidente nessa época), Bush teve que lidar com isso e acabou saindo como um presidente patético.
Tem até um filme excelente que concorreu ao Oscar, com o Christian Bale interpretando Dick Cheney — vice do Bush (Vice, 2018). Quem interpretou o Bush foi Sam Rockwell. Ali você tem a noção da topeira que era o presidente. Filmaço, recomendo.
Ou seja, Al Gore na verdade se livrou de uma problemática digna de tirar o sono pelo resto da vida e pôde se dedicar ao ambientalismo, escrevendo um livro sobre aquecimento global numa época em que quase não se falava disso (Uma Verdade Inconveniente, 2006) que virou documentário vencedor do Oscar. Um só não, venceu dois (melhor doc e melhor canção original) e no ano seguinte ganhou o Nobel da Paz, pois quando a vitória vem ela vem forte.
Outro caso semelhante é do Adam Lambert. Pra quem não conhece, Adam é um cantor americano que em 2009 participou do programa American Idol. No decorrer do programa ele foi apontado como favorito, mas perdeu na final pro cantor Kris Allen, deixando todo mundo PERPLECTO, por que ele era mil vezes melhor que o cantor vencedor.
Ok, tempo passa e hoje Adam, além de ter seguido uma ótima carreira musical, se tornou o vocalista do Queen realizando turnês no mundo todo com muito sucesso. E quem é Kris Allen na noite mesmo? Quem quiser saber mais sobre Adam Lambert só conferir este doc na Netflix: Queen + Adam Lambert O Show Deve Continuar.
Pra terminar, outro exemplo: sabe a Millie Bobby Brown, a Eleven de Stranger Things? Ela revelou numa entrevista que chegou a fazer um teste pra entrar em Game of Thrones, mas não conseguiu o papel e chegou a pensar em desistir da carreira pois estava cansada de receber ‘nãos’ em audições.
Pouco tempo depois, ela conseguiu ser escalada pra uma das maiores séries da Netflix e agora tá aí brilhando em absolutamente tudo o que faz.
Pois é, todo mundo perde. A gente leva umas rasteiras por aí, fica triste, devastado se achando flopado, mas levanta e continua. Eu amo essas histórias, acho que se deve muito à minha memória afetiva dos filmes do Rocky que via na Sessão da Tarde quando era criança. Apanha, apanha e no final vence. SIM, EU APENAS AMO OS FILMES DO STALLONE E SÓ DEUS PODE ME JULGAR.
Uma frase do filme ficou bem famosa e resume tudo o que eu disse aqui:
“Ninguém baterá tão forte quanto a vida. Porém, não se trata de quão forte pode bater, se trata de quão forte pode ser atingido e continuar seguindo em frente. É assim que a vitória é conquistada.”
É brega? É. É auto ajuda de botequim? É, mas faz todo o sentido. Queria muito ter reassistido TODOS os filmes do Rocky (chegou tudinho na Netflix + os filmes do Creed, amor purinho) e o documentário 40 anos de Rocky: o Nascimento de um Clássico lançado recentemente, pra falar aqui, mas não deu tempo. Vou deixar pra outra edição.
Portanto, por pior que seja a situação, não se sinta derrotado. LEVANTA A CABEÇA PRINCESA SENÃO A COROA CAI já dizia o filósofo.
David Attenborough e Nosso Planeta, 2020, Netflix
Já que citei Al Gore e seu doc sobre Aquecimento Global, recomendo muito este do David Attenborough, um ambientalista britânico no alto dos seus 90 anos que nos mostra nosso planeta e sua natureza de um jeito tão lindo e ao mesmo tempo as consequências da mão maldita do homem no meio ambiente durante décadas.
Ele é famoso mundialmente por seus programas sobre vida selvagem desde que era jovenzinho. Sem alarmismos ou apelação, a narrativa sobre mudanças climáticas é mostrada com clipes da carreira de David que se misturam com o impacto que estamos vivendo hoje. Foi a 1ª vez que ouvi falar sobre Holoceno.
É um wake up call super necessário e também emocionante. Recomendo demais.
Fico por aqui, caso queira conversar mais, só comentar aqui! Continue se cuidando e até a próxima!
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