Bateu forte a onda da nostalgia

relembrar é viver?

Não sei se você reparou a onda de nostalgia que está batendo forte. Parei pra pensar nisso por causa da comoção pela volta de Sandy & Junior*. E esses dias me deparo com tal manchete do Estadão: “Quem aí lembra — e ouviu — fitas cassete? Em plena era do streaming, o objeto virou moda na França. E a empresa que voltou a fabricar as K7 já exporta o produto para cerca de trinta países”.

Mas gente, pra quê esse carro da nostalgia nos convida tanto para dar uma volta?

Por que temos a tendência de nos apegar tanto ao que já aconteceu como se fosse nos salvar a vida de todo mal que o presente carrega?

O voltar no tempo não é como se estivéssemos sabotando nosso futuro com o desejo que algo se repita e assim evitando algo NOVO que pode ser até melhor? Por que tememos tanto o que está por vir? Há um conflito. Temos que lidar com ele. Administrar essa roda gigante. Porém só podemos controlar o presente. Hoje é o que importa. E é isso que quero dizer. O passado não vai te salvar, o presente sim.

O que eu fui ontem e anteontem já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem para agora, hoje é o meu dia, nenhum outro.(Martha Medeiros)

Fica aí essa reflexão para o dia de hoje.

*Além de Sandy & Junior teve a volta de:
Rouge, Los Hermanos, Jonas Brothers, Trem da Alegria, Balão Mágico, Tribalistas.

Já que falamos de nostalgia, no dia 29 de abril, o filme 10 Coisas que Eu Odeio em Você fez 20 anos. Revi essa maravilhosidade que já celebrava o girl power mesmo em priscas eras. Escrevi sobre aqui no Medium.

Namoro, Amizade ou Adeus é um reality sobre pessoas que vão a um encontro às cegas pra tentar encontrar um par. Clichê, você pode pensar (eu achava até assistir). O diferencial é o modo que foi filmado. Cada episódio é o encontro de uma pessoa com seus 5 pretendentes editados em um único date. Super dinâmico e é tão legal que parece um estudo antropológico sobre relacionamentos héteros e gays. Vale muito a pena. SPOILER: Tá difícil pra todo mundo (risos).

The book is on the table: o livro Sem Logo — A Tirania das Marcas em um Planeta Vendido, onde Naomi Klein constrói formulações reveladoras sobre o reino das marcas: aponta os efeitos negativos do marketing na cultura, no trabalho e nas escolhas do consumidor, mostrando como multinacionais convertem o mundo em uma oportunidade de mercado. Sabe quando a marca se torna maior do que seus próprios produtos? Então, são discussões super válidas nesse mundo do capitalismo selvagem. Ela é do contra e eu gosto de gente assim.

Tem coisinha legal pra me indicar? Manda aí.

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