Minha vida, minhas escolhas?

Katia Delavequia
Dioramas Modernos
Published in
4 min readSep 17, 2020

estou ciente e quero continuar

No começo do ano passado li o livro “Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes Sociais” de Jaron Lenier, que trata como a internet influencia nossos hábitos e atitudes, não de forma benéfica e sim da pior forma. O próprio autor diz “evito as redes sociais pela mesma razão que evito as drogas”.

Sim, soa exagerado, mas ao prosseguir a leitura você consegue compreender todas as suas razões. A dinâmica envolvendo publicidade, algoritmos e todas as suas implicações nos torna reféns de uma engrenagem muito bem planejada.

O que faz pensar nas nossas escolhas. A gente é livre pra escolher o que quiser. Será mesmo? Ou a gente escolhe opções que colocam em nossa frente e se não for aquilo não há mais nada?

Um exemplo: hoje eu consumo música quase exclusivamente pelo Spotify. E todo dia rola um pequeno dilema do que ouvir. E antes que você propriamente escolha, o algoritmo já calibrado te mostra várias opções dentro daquilo que você já está acostumado. O que é ótimo, amo, mas se for pensar bem, me limita pra coisas novas. Mesmo a playlist Descobertas da Semana que seriam coisas novas é baseada no meu gosto, mas escolhida por eles.

O mesmo acontece com os streamings. Tudo de acordo com meu gosto. Na superfície parece ótimo, mas ótimo mesmo é para a agenda que programa tudo isso, pois sabe bem como nos influenciar. E isso em mãos mal intencionadas (alô vale do silício) causa estrago.

O resultado? É só olhar o mundo que temos hoje.

A solução? Não sei, se fosse fácil como na ficção poderia acontecer assim né?

O Dilema das Redes (2020) Netflix

Não é novidade nenhuma documentários que provam por a + b o perigo das redes sociais. Uma pesquisinha rápida e você tem uma infinidade.

O que este doc tem de diferente é o depoimento dos próprios criadores das funcionalidades desenvolvidas para viciar o usuário como o botão curtir do Facebook e o scroll infinito do Instagram. Ok que eu achei meio “vc criou mas não sabia que ia se tornar o que tornou AH TÁ”, mas por outro lado nos traz a reflexão que uma boa invenção nas mãos erradas pode ser desastroso, vide pólvora né mores.

A desinformação, fake news e todas as implicações na vida das pessoas, na política e até na democracia. Lembre-se que nossa atenção é uma commoditie valiosa e é isso o que as redes negociam. E sempre tem quem lucra com o caos.

Quem participa também é o escritor do livro citado acima, Jaron Lenier. O tom alarmista é válido por ser direto ao ponto e mostrar que não há ninguém bonzinho na história não.

Ah e quando mostra o Brasil dá vontade de chorar. Sério. O buraco é fundo gente.

👻 Esse é pra quem curte levar uns sustos: os 10 melhores usos de cores em filmes de terror.

📺 Os fãs de The Office vão amar: um guia em vídeo com mais de 1000 referências nos episódios da série.

📱 Uma matéria da revista Elle sobre por que todos andam tão parecidos nas redes sociais: Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real?

📖 Escrevi uma crônica: Crema al cioccolato.

Por hoje é só. Fique a vontade pra comentar se quiser e até a próxima! 😘 😷

P.S: A Covid acabou e ninguém me avisou? 🤔

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