Vai indo na frente que eu não vou

Katia Delavequia
Dioramas Modernos
Published in
7 min readMar 4, 2020

porque não sou obrigada a nada

Olha, é tanta coisa pra comentar que tô aqui um pouco perdida tentando não esquecer nada. Eu sigo firme até enquanto o mundo estiver girando. Até quando? Não sabemos. Pega o chá (tá friozinho por aqui) e vem comigo.

E de tempos em tempos surge alguma nova rede social prometendo dar aquela sacudida nas consolidadas. Alguém lembra do Ello que um tempo atrás prometia acabar com o Facetruque? Ah como seria lindo se fosse verdade, mas nada passou de puro delírio coletivo.

Não rolou né, mesmo várias pessoas indo lá pelo hype (eu fui também, confesso), a danada não vingou. Sei lá, tem coisa que por melhor que pareça não vai.

Por outro lado, quando o senhor Zuckerberg roubou a ideia da rede social dos gêmeos Winklevoss e “abriu” o Facebook, a rede social que dominava era o MySpace, o Friendster e aqui no Brasil quem estava no topo era o finado Orkut. E o que aconteceu? Zuck comeu todas com farinha.

zuck roubando o 1º lugar

Aliás o MySpace foi minha primeira rede social. Amava, dava pra customizar o layout, adicionar plugins. Fiz muitas amizadinhas virtuais com gente do mundo todo e ainda praticava meu english. Saudades.

Agora parece acontecer algo do tipo com o Twitter. O microblog ganhou um concorrente que tá dando o que falar por ser quase igual com a diferença de ser código aberto. Se chama Mastodon Social. Várias pessoas indo pra lá pra ver qual é. Tipo quando o povo vê fila. Nem sabe pra quê e já vai entrando pra garantir o lugar.

Lá o tweet (de até 500 caracteres) é chamado toot. É o famoso copia diferente basicamente. Só de ler o “conceito” já me deu preguiça.

“É possível acompanhar uma timeline especial onde tem todos os toots públicos dos usuários do seu servidor. É uma maneira bem legal de descobrir gente e conteúdo novo.

E aí, tem a timeline global (também chamada de federada) que é onde estão os toots de todos os usuários que são vistos pela servidor onde você está. Pode ser meio confuso, porque tem gente do mundo todo postando. Tem umas ferramentas pra filtrar línguas nas timelines local e global pra ajudar um pouco nesse sentido.

A vantagem é que cada servidor é administrado por gente diferente. Você com certeza pode achar um servidor onde você vai estar livre de conteúdo que você não quer ver e ver mais do que você quer.”

Íntegra da matéria: (https://lond.com.br/2017/10/19/mastodon-como-navegar-nessa-nova-rede-social/)

SAME ENERGY

Bom, se vai vingar, se vai ameaçar o reinado do Twitter não faço ideia. Por enquanto tá só no ruído. Eu já falei que podem ir indo na frente que eu não vou. Certas coisas prefiro observar de longe.

Casamento às Cegas (Love is Blind) é um reality show da Netflix que é a coisa mais absurda e sensacional ao mesmo tempo. Totalmente viciante. Eu tô alucinada.

São homens e mulheres solteiros que entram com o objetivo de se casar. Até aí ok, já houve programas assim antes, mas esse é outro patamar. Pois são formados casais SEM QUE UM VEJA O OUTRO. No começo eles se conhecem através de uma cabine e só conversam cada um em uma sem nenhum contato visual ou físico. Rola a conversa e talz. Dias depois os homens escolhem quem vai pedir a mão em casamento. A mulher aceita ou não. Se ela aceitar então eles se conhecem pessoalmente e ganham uma lua de mel de puro luxo. A partir daí, eles seguem para viver a vida real onde vão morar juntos por 4 semanas, conhecer família, amigos, o pacote todo. Aí meu amor, é que o bixo pega.

Se após essas 4 semanas eles ainda estiverem apaixonados (risos) se casam. Nesse meio tempo acontece muita coisa. Novela mexicana perde. Sério, é ridículo e maravilhoso na mesma proporção. E claro, o melhor fica para o último episódio onde a gente vai saber quem realmente se casou.

Se é entretenimento que você quer, esse reality te entrega e vai além. Apenas aguardando uma segunda temporada. Pois é drama, barraco e romance que a gente quer. Netflix conto com você.

Só se fala disso! O assunto do momento é que finalmente o Coronavírus chegou em terras tupiniquins e tá aquela loucura. Até a hora do fechamento desta edição (03/03) só tiveram 3 casos confirmados. Dois em São Paulo e o terceiro ainda não foi divulgado o lugar. Outros casos suspeitos estão sendo investigados.

Na newsletter #23 também cheguei a comentar, mas tava no começo, nada que se compare a como tá agora. O babado tá louco.

Enquanto eu zapeava, vi o Datena discutindo com o médico infectologista David Uip do porque deixaram o primeiro infectado ir pra casa ao invés de ficar internado. Sim, o Datena tava querendo saber mais que o médico. Foi engraçado.

Tá uma surra de informação, lava a mão, passa álcool em gel, não precisa pânico, coloca o cotovelo na boca na hora de tossir, deu febre evite sair de casa (ai que ótimo), evite aglomeração. E também uma surra de desinformação. Tá quase um apocalipse zumbi. Imagina se aumentarem os casos.

Não sei o que pode acontecer e sinceramente prefiro nem pensar. Só desejo que isso passe logo. 😷

Só Garotos: Ô leitura gostosa. É o primeiro livro de memórias de Patti Smith, cantora punk dona do sucesso que virou hit do Capital Inicial em português “O Passageiro” (informação aleatória) e sua vida com o fotógrafo Robert Mapplethorpe. A obra foi uma promessa de Patti a Robert antes dele morrer de pneumonia agravada pela AIDS.

É interessante acompanhar seu relato sobre quando morou no famosíssimo Chelsea Hotel de NY, lugar que abrigou artistas do naipe de Bob Dylan, Iggy Pop, Jack Kerouak, Simone de Beauvoir, etc, enquanto descobria seu lugar no mundo em seus 20 e poucos anos passando pelo movimento da contracultura americana dos anos 70.

Foi nessa época que surgiu a teoria dos 27 anos, no qual vários artistas morreram com essa idade vítimas de abuso de álcool, drogas e até suicídio. Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin.

Só sei que não queria largar e já quero ler tudo que ela escreveu. Fica a dica de um ótimo livro que conta um pouco de história da arte e dos psicodélicos anos 70.

👓 E bombou o texto “A nova namorada do meu ex-namorado é a Lady Gaga”. Lindsay Crouse escreveu no The New York Times e O Globo republicou. Já imaginou o seu/sua ex começar a namorar uma pessoa famosa?

🤖 Já que falamos em rede social, acredita que existe uma que simula como é ter milhões de seguidores? Chama Botnet, e tem mais de 20 mil usuários. Em cada post, qualquer um recebe milhares de comentários e curtidas. Todos feitos por bots. Mais black mirror impossível.

🖼 E o Smithsonian colocou 2.8 milhões de imagens em domínio público. O arquivo inclui imagens em alta resolução do equipamento de boxe de Muhammad Ali, manuscritos do século XV e dados que podem ajudar a revelar histórias não contadas de mulheres na ciência.

Bom, vou ficando por aqui. Se chegou agora e quiser conferir as edições anteriores, vem aqui.

Beijos de luz e até a próxima! 😘

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