A dor e o prazer poético
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1 min readMar 21, 2018
A poesia nasceu no meu pulso
Partiu pro meu útero
Direto pra zonas que eu nem imaginava
A poesia canta dentro de mim
Exala, enlouquece, goteja, pinça, morde, cavoca
Até que encontra o que quer
A poesia sangra macia minha carne
Arranca pedaços sem querer machucar
A poesia faz com sutileza: arranha e assopra
Então a gente passa a gostar
Quer sentir aquele arrepio de novo
A gente vicia
Que dor e prazer são quase a mesma coisa
E nós, bipolares, pedimos pra apanhar da vida
Só pra poder mais
Poesia.