A ignóbil ranhura, a dor mais escura, os gritos, os brados, as lascas. O sangue jorrando lá fora, em sua face, em sua casa, em todo seu teto e você, ataráxico, no mais absorto e insuflado silêncio.
Não cabendo em si mesmo, prestes a uma explosão homérica de fúria e temeridade, a resignação aflora, a frieza atenua e todo o furor titânico se resume a um suspiro e a uma lágrima. Insólita, mas que diz tanto.
Não obstante num repente o brado reduz-se a alarido, o furor se torna vergonha e a vontade transmuta em demência. Loucuras de uma culpa inexistente, quiçá nauseabunda e delirante.
E assim, o silêncio persiste, a dor se alastra, o peito se expande e o sopro anasala.
Pois é fato que é vida que segue, é dito que é dia que passa, é existir que, descontente, existe.