O desafio ordinário de cada dia

Marina Batista
Do Nada e De Tudo!
Published in
2 min readMay 13, 2017

Eu me desafio. Todos os dias, sem exceção.

Meus desafios são pequenas metas diárias, objetivos (muitas vezes modestos para a maioria das pessoas), que carrego só comigo e são estabelecidos logo nos primeiros momentos do dia (acreditem, isso ajuda a “ligar” essa cabeça que não funciona a toda potência pela manhã).

Não me proponho a fazer nada mirabolante. A gente tem que entender o que é possível e ainda assim demanda esforço suficiente para no fim do dia pensar “deu tudo certo, que bom que consegui”.

Também não estou aqui fazendo mais uma ode às check-lists/to-do lists que andam tão na moda. Nada contra elas, recorro muito à essas queridas para não me perder no labirinto que minha cabeça se transforma ao longo do dia.

Eu estou falando de coisas como por exemplo esta que faço agora. Esse momento em que paro e faço algo comum, mas não rotineiro. Como aquele dia que você vai pelo caminho que demora mais cinco minutinhos para chegar em casa depois do trabalho só pq durante o trajeto você passa por uma árvore ou um prédio que acha bonito.

Eu falo de coisas tão sutis, mas que fazem a diferença pq colocam uma sensação boa na gente, seja lá o motivo que for. Claro que em alguns dias pode ser aquela tarefa simples adiada a tanto tempo ou apenas se comprometer consigo a chegar em casa e tomar um café (a versão com vinho também é bem vinda) ouvindo sua música preferida ou que signifique algo pra você.

A verdade é que toda essa moda dos desafios (inclusive esse meu de todos os dias) é uma desculpa para exercitar essa palavra que a gente tanto gosta de usar e de cobrar dos outros e se premiar com a sensação de realização que ela trás: comprometimento

No meu caso, as vezes, eu só me comprometo a ser menos focada nas tarefas e dar mais atenção à Tequila e ao Fangio, meus cachorros e companheiros. Em outras, eu só me desafiei a reclamar menos de minhas dores e incômodos, mas confesso que já houve vezes em que sabendo a dureza que tinha pela frente, só prometi que não iria desabar ao final do dia e não ocuparia a cabeça de ninguém com meus problemas.

Claro que a gente pode e deve aliar essas pequenas doses de comprometimento com leveza e graça na nossa vida. E é por isso que meus desafios em sua maioria buscam me dar um sorriso e a certeza de ter feito o dia ter valido a pena. Por menos “ufa, sobrevivi!” e mais “valeu a pena ê ê”, eu me desafio sempre!

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Marina Batista
Do Nada e De Tudo!

Disponível nas versões: docinho de coco e pittbull. Felicidade é uma porção de batata frita com requeijão. Tão linda e na cadeira de rodas ™.