Não vi Pelé, mas vi Zé Carlos
Zé do gol como é mais conhecido, chegou a marca de 65 gols com a camisa do Criciúma se tornando o terceiro maior artilheiro da história do clube.
José Carlos Ferreira Filho, ou simplesmente Zé do Gol, chegou no Criciúma em 2011 reforçando o elenco para a disputa da série B, vindo por empréstimo do Corinthians-AL. Chegou meio fora de forma e sob o olhar desconfiado da torcida, já que o clube tinha sido vice campeão catarinense daquele ano, e a torcida esperava mais para a série B que se iniciava, pois o presidente era o Sr. Antenor Angeloni, que assumiu a direção em 2010 e não poupou esforços para recolocar o clube na série B.
Sob olhares desconfiados Zé Carlos fez suas estreia contra o Náutico na terceira rodada da série B de 2011, meio fora de forma, entrou aos 33' do segundo tempo e chamou a atenção pelo seu estilo de jogo “brigador” se doava em campo. No entanto, seu primeiro gol com a camisa do Criciúma aconteceu no seu quinto jogo, pela oitava rodada da série B de 2011, o jogo estava 0x0 ele entrou aos 23' do segundo tempo e marcou seu primeiro gol aos 32'. Em setembro de 2011 Zé já acumulava 10 gols e chegou a ser especulado no Atlético-PR. O campeonato acabou, o Criciúma terminou na décima quarta colocação, Zé Carlos fechou o campeonato com 13 gols marcados, ganhou o apelido de Zé do Gol e a torcida renovou a esperança de acesso para 2012.
2012 foi o Ano que Zé Carlos entrou de vez para a história do Criciúma
Foram 45 jogos no ano e 41 gols marcados. Começando pelo campeonato catarinense de 2012, mesmo com uma campanha ruim do Criciúma que terminou na 7ª colocação, Zé Carlos foi o vice artilheiro da competição com 12 gols marcados.
Depois marcou 2 gols em dois jogos pela copa do Brasil, inclusive, um desses gols foi bem controverso(ver no gif).
Antes do início da série B de 2012 foi afastado pelo então diretor de futebol Rodrigo Pastana. Voltou para o time, e no primeiro jogo da série B já marcou dois gols. Até o fim da 14ª rodada, Zé do gol tinha chegado a marca de 16 gols em 13 jogos. Após o fim do jogo conta o Guarani pediu uma valorização salarial ao vivo em uma rádio da cidade
- Já tenho 29 anos, tenho quatro filhos e preciso pensar na minha valorização. Estou feliz aqui no Criciúma, mas se o clube não me valorizar vai aparecer outro clube vai me valorizar — disse aos microfones de emissoras de rádio.
Zé Carlos se tornou o maior artilheiro da série B, marcou gol de tudo quando foi jeito. Alguns gols dele segue vivo na minha memória, contra o Vitória por exemplo, Gilmar recebeu a bola na entrada da grande área, deu um “tapa” em direção ao Zé Carlos que estava na pequena área, ele dominou no peito e sem deixar a bola cair empurrou para o fundo das redes.
Outro gol que vive fresco em minha memória foi no jogo Criciúma 4x3 Boa Esporte, Zé Carlos recebeu a bola na corrida deixando o marcador no chão, o goleiro saiu na bola ele puxou pra perna esquerda tirando o goleiro da jogada, deu só um toquezinho com a perna direita pra mandar pro fundo das redes.
Outro que nunca vou esquecer foi no jogo Criciúma 3x0 Goiás, até hoje Harlei tem pesadelos com o Zé Carlos (Vide vídeo).
Em 2013, ano que marcava a volta do Criciúma para a série A, foi difícil segurar o artilheiro, Zé do gol fez 4 jogos no campeonato catarinense daquele ano e marcou 4 gols. Deixou o Criciúma com 57 gols marcados e foi jogar na China.
Em agosto de 2014 voltou ao Criciúma, e com ele voltou também a esperança da torcida em vê-lo brilhar, porém não foi bem isso que aconteceu, fez apenas 9 jogos, perdeu pênalti e não marcou nenhum gol. Pediu a rescisão de contrato em novembro, alegando que não estava rendendo o esperado.
O retorno para se tornar o maior artilheiro em atividade, e o terceiro maior da história do Criciúma
Em maio de 2018 Zé Carlos retornou pela terceira vez ao clube, longe de ser o Zé do gol que vimos brilhar em 2011/2012.
Pelo campeonato catarinense fez 6 jogos e marcou 3 gols, e na série B continua quebrando seu recorde, no dia 08/09/2018 chegou a marca de 65 gols em 101 jogos, se tornado o terceiro maior artilheiro da história do clube.
Zé Carlos precisou de 101 jogos para chegar a marca de 65 gols, Jorge Veras que ocupava o terceiro lugar, marcou 64 gols em 182 jogos. O segundo lugar é ocupado pelo atacante Soares, que tem 82 gols em 271 jogos e o primeiro lugar pertence ao Vanderlei Mior, que em 431 jogos marcou 84 gols.