Não escolhemos nosso(s) time(s) de coração

Eles que nos escolhem

Rodrigo Lessa
Dois Toques
3 min readSep 25, 2017

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Como já pode ser visto na descrição do meu perfil do Medium, sou torcedor de dois times de futebol, o Esporte Clube Bahia da minha cidade natal e atual, em que acompanho seus jogos no estádio sempre que posso, e também torcedor do grande Liverpool Football Club da Inglaterra que está a milhares de Km de distância de Salvador, entretanto, raramente perco um jogo dos Reds, dessa vez apenas pela televisão.Sendo assim, trago este tema a tona que vem cada vez mais virando tendência no Brasil e em suas redes sociais mais importantes que é o brasileiro “Meu Barça” ou “Meu Real” e seus derivados que são muito criticados por vários grupos específicos pela internet.Não estou negando a importância de torcer e apoiar um time brasileiro, mas, muitas vezes a paixão pelo futebol é muito grande para ficar reservada a um clube específico, chega um momento que você não quer ter o friozinho na barriga somente 2 vezes por semana e sim 4, sendo assim, abre-se novas perspectivas para o futebol, além disso, com a facilidade hoje de assistir a qualquer campeonato europeu pela televisão, é muito mais fácil se apaixonar por algum outro clube seja pela sua torcida, história ou até jeito de jogar que representa o time, e que muito provavelmente não ganhará uma Champions League ou Concacaf no mesmo ano que seu time no Brasil ganhe uma Libertadores, para eles se enfrentarem na única possibilidade possível que é o mundial interclubes, portanto não é uma situação desgastante e sim agregante da experiência do futebol.

Outro dogma importante do torcedor é que você deve torcer para o time do seu pai, minha história é exatamente o oposto, mas existe um ponto oposto na reta que foi meu avô por parte de mãe, que me influenciava para o lado tricolor enquanto meu pai para o lado rubro negro de Salvador, enfim, tive uma escolha e decidi o lado tricolor, mesmo no pior momento da história do clube, o que contrastava com uma década extremamente vitoriosa do rival, independente de tudo eu me sentia extremamente realizado sendo Bahia e estando na Fonte Nova gritando o sempre gostoso “Bora Baêa!”.Tenho certeza que não escolhi meus times, eles mesmo me escolheram para ser torcedor, talvez por conseguir entender e sentir tudo que aquelas instituições representavam e sabendo distinguir das outras a importância delas, talvez pela simpatia com as cores, escudos, uniformes e jogadores, talvez pela beleza do seu estádio e de sua torcida, talvez porque era realmente o que tinha que ser, estava escrito nas estrelas.Desse modo, é um caminho sem volta, quando você perceber que já está tão a fundo por aquele clube, é praticamente impossível olhar para outros da mesma região ou que disputem o mesmo campeonato com os mesmos olhos, já começa a sentir desgosto pelos rivais e não entenderá como alguém consegue torcer para “aquilo”, tudo se torna mais irracional e passional, assim, acredito que você já pode se auto-intitular torcedor,sem se importar com comentários de quem pensa restrito com relação ao futebol e seus dogmas.

Torça, sinta, chore, comemore e viva o futebol no máximo que você puder, independente do time que você se identifica.

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Rodrigo Lessa
Dois Toques

Amante do Futebol,Torcedor do Liverpool FC e do EC Bahia,Futuro Médico e admirador do Design