Capítulo 1 -Aceitar que o problema existe é tarefa dos pais.

Douglas Boldrini
Douglas Boldrini
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3 min readSep 5, 2020

Bom para quem não me conhece e deseja ler este série até o final, gostaria de me apresentar. Sou um profissional atuante na área de Tecnologia da Informação com especialização na área de Segurança da Informação. No início o desejo de fazer esta especialização era só porque possuía uma vontade de me especializar, porém devido a alguns amigos que me incentivaram que essa seria uma área em crescimento e que em breve poderia nos dar aquele devido retorno financeiro do qual era o único objetivo para mim naquela época, obtive o título de especialista e fui para o mercado!

Foram vários conhecimentos adquiridos, muitos praticados, porém atualmente estou trabalhando na área de infraestrutura. Não que seja ruim, não que eu não aplique todos aqueles fundamentos de segurança, alguns padrões, regulamentações no meu dia a dia, pelo contrário, através disso, consigo empregar mais qualidade no que eu faço, e tem a parte da qual eu “gosto da emoção” que a infra me dá.

Porém algo que nasceu em meu coração muito antes do meu filho Yan nascer, ou até mesmo de sonhar com ele, foi sobre como eu poderia usar meus conhecimentos para ajudar pessoas. Não desenvolvendo aplicativos, ou dispositivos facilitadores dos quais conseguimos comprar pela internet. Mais para minimizar uma triste realidade que diz respeito à nova, constante e desenfreada forma de terceirização educacional no que tange a formação da criança desde sua concepção até seu primeiro contato com a tecnologia de forma geral, e tudo o que é desencadeado após contínua exposição.

Assim nasceu a palestra “pais analógicos versus filhos digitais”, da qual à apresentei em algumas escolas e igrejas com intuito de difundir conhecimento.

Após um tempo meu filho Yan nasce e tudo aquilo que eu defendia como palestrante e crítico do assunto em minhas palestras e conversas com amigos, agora defendo como palestrante, crítico e pai.

Sabe qual a diferença além do substantivo comum “pai”? Meus slides e minhas palavras eram lindos, porém agora eu sabia que não era bem simples assim. Fiquei imaginando como difícil era para aqueles pais em que seus filhos estão passando ou já passaram por este período. Sendo que eu tinha a oportunidade de ensinar tudo do zero para ele, sabe? Em uma simples comparação, eu tinha um “caderno em branco” para escrever da forma certa, e mesmo assim não faltaram e ainda não faltam dificuldades.

Consegui desenvolver várias técnicas e adaptar tantas outras com o Yan, usando livros, através de estudos, artigos científicos e especialistas que eu seguia, que eu identifiquei que estava usando as informações corretas, porém com as métricas erradas.

E como funciona isso Douglas? Muito bem, esse é o motivo por que decidi não dormir cedo hoje (calma, estou de férias) e escrever este texto hoje.

Métricas é o conjunto das regras que presidem a medida, neste caso quem é a medida? Uma criança que deverá estar preparada para vida com todas suas respectivas habilidades e dificuldades, porém com capacidade de geri-las e consequentemente conviver com o resultado delas ou não.

E quem são as regras? Os pais!

Comecei a entender a partir disso que a falta e/ou ineficiente gerência de regras na vida de uma criança, gera nela uma medida, ou seja, um resultado neurologicamente fiel aos estímulos. O que eu realmente quero dizer é que se o pai não reconhecer o seu papel, renunciando a todas suas vaidades e vícios, teremos crianças com cada vez mais altas probabilidades de se desenvolver algum tipo de problema neurológico.

E entender que só vamos conseguir levar cura à estas crianças e jovens se os pais delas aceitarem que o problema existe me deixou muito mais incomodado e consequentemente disposto a falar sobre isso.

E à você pai, que tem um filho que não conversa mais com você, passa mais tempo usando algum tipo de tecnologia do que brincando ou usando a imaginação dele para criar algo? Não sabe mais o que faz, porém está disposto a mudar este cenário?

Comece aceitando que você precisa de ajuda!

Não sou doutor nem tenho especialidades em psicologia ou neuro pediatria, mais sou alguém que entendeu que vivemos uma geração em que a informação nunca antes foi tão grande, porém os que à buscam nunca antes foram tão poucos.

Por Douglas Boldrini.

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Father of Yan and Zoe, Graduated in Analysis and Systems Development with specialization in Information Security. DevOps student and a reluctant pioneer of the