Capitulo 2 - O Papel dos Pais

Douglas Boldrini
Douglas Boldrini
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3 min readSep 5, 2020

Sabe-se que quando o assunto é educação muitos pais param e pensam: “há, mas eu cuido do meu filho, me preocupo com ele, quem é você para falar sobre o meu papel de pai? Estou sempre presente e atento a tudo”. Mais a pergunta que devemos nos fazer agora é: Será que estamos atentos à tudo mesmo?

Estamos preparados para essa nova realidade? Será que sabemos nos comportar de ante aos novos ambientes eletrônicos? E nossas crianças e adolescentes, grandes usuários das redes sociais virtuais, utilizam a Internet de forma prudente?

Infelizmente o retrato do qual estou acostumado a ver, é de pais que criam seus parâmetros através da rasa educação eletrônica que seus filhos obtêm através do velho e ineficiente “cursinho” de informática, amiguinhos da escola ou até mesmo os próprios filhos autodidatas ou intitulados precocemente pelo próprio pai de “geniozinho”, que por sua vez se torna um orgulho para ele.

Devo dizer que este se tornou um perigoso cenário, uma vez que em nenhum destes exemplos é abordado a questão segurança, e quando tocado no assunto, tudo fica resumido em se ter um bom antivírus instalado. Como se um programa desenvolvido para proteger seu dispositivo eletrônico de aplicações maliciosas vai proteger seu filho de todos os perigos que a internet esconde atrás de seu www, e ainda lhe educar digitalmente sozinho.

São tantos perigos reais para as nossas crianças que serão abordados em um capítulo exclusivo e estendendo a todos eles de uma forma mais abrangente e detalhista.

Outra coisa preocupante, é a inversão de valores que nasce com a possibilidade de alternar os papéis de aprendiz e tutor entre pais e filhos, onde os filhos ensinam os pais a usar o Iphone, Skype, Facebook, WhatsApp etc. Diante desta realidade, não há como você ser um pai analógico se o seu filho é digital! Os pais e educadores precisam entender a linguagem e o comportamento dos jovens de hoje mesmo nos ambientes virtuais.

Alguns pais até indagam: “não gosto desse negócio de tecnologia, meu celular é daqueles de abrir e fechar, tenho medo desse negócio”. Não é feio, nem é preciso ter vergonha sobre a falta de conhecimento e gosto por tecnologia, porém para estes, é preciso exemplificar que normalmente um pai que cuida e se preocupa normalmente dá limites ao seu filho como horários para comer, brincar, estudar, chegar de uma festa por exemplo.

Ótimo, é só transferir todo esse limite do mundo offline (vida real) para o mundo online (vida digital) de seu filho.

É dever dos pais educar os filhos, e esse princípio não pode ser negado nas relações virtuais. Antigamente os pais sempre queriam saber para onde os filhos estavam indo com quais amigos estariam e em qual hora voltariam para casa. Atualmente a mesma educação não é impregnada nas relações virtuais dos filhos

Que tal perguntar hoje para seu filho: “quem são seus amigos do Facebook”, “em quais sites você navega” ou com “quem conversa no WhatsApp?.

Por Douglas Boldrini

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Father of Yan and Zoe, Graduated in Analysis and Systems Development with specialization in Information Security. DevOps student and a reluctant pioneer of the