EP #002 “Como cuidar do que me comprometi a fazer sem deixar de cuidar de mim?”
Horas invisíveis e dinheiro como autocuidado.
(música)
E ae meu cristal, tá bonzinho?
Eu me chamo Theo e esse é o segundo episódio do micro-podcast do D.R. (dê-érri) INDIE para você homem corajoso que decidiu estar a frente de grupos independentes de diálogo e reflexão sobre masculinidades fazendo o seu melhor pra não ser lembrado como esquerdo-macho-Chernoboy.
Simbora? Bora!
(vinheta)
Cala a boca Galvão Bueno!
Esse quadro é sobre tudo e qualquer coisa que tira a nossa atenção nos encontros, igual quando o Galvão Bueno fala merda quando na verdade a gente quer prestar atenção no jogo.
Nessa última semana, uma questão que despertou no grupo foi a não-vontade de estar nos encontros que bate vez e outra mas tbm o compromisso que firmamos em seguir participando
E aí seu lindo, eu preciso lembrá-lo que
da mesma forma que existe força de vontade, também existe fraqueza de vontade.
E se engana de achar que isso é pontual! Na verdade são uma série de pequenos acontecimentos e incômodos conscientes ou inconscientes que culminam nessa indisposição pra um compromisso, por exemplo.
Algo que tenho identificado e que passei a nomear de HORAS INVISÍVEIS, esse tempo que usamos com a preparação dos grupos e encontros que ninguém sabe mas também todas as nossas outras questões e desafios que ninguém tá sabendo também.
Seria o caso da gente deixar essas horas invisíveis, visíveis? Será que em algum lugar profundo de nós mesmos a gente acredita que os outros terão mais compromisso conosco se formos mais transparentes sobre o quanto nos dedicamos para que os encontros aconteçam?
Para cuidar da fraqueza de vontade:
1. terapia e criar o hábito de investigar de onde a fraqueza de vontade vem (lembre-se: dificilmente é uma coisa só)
2. não fique sozinho na posição de caseiro (demanda energia, encontre outro cara que tope compartilhar esse desafio com você)
3. use o grupo como rede de apoio… se vulnerabilizar é se humanizar (sempre tem aquele com quem você se conecta facilmente… talvez isso seja um sinal)
e falando em dedicação…
(vinheta)
Olha o carro do ovo!
Esse quadro é sobre perguntas que aparecem em nossa mente (enquanto o desafio de lidar com grupos reflexivos acontece) e ficam martelando na cabeça.
E a pergunta da semana é:
o que mais é possível pra gente monetizar o que a gente faz?
(som de dinheiro)
Dias atrás vi um post de um grupo reflexivo masculino no Instagram cobrando R$ 1.250 e R$ 1.430 pelo ciclo de 6 meses de encontros!
Ok, ok, esse valor é alto e provavelmente inacessível pra maioria das pessoas, mas algo que tenho constatado (e tudo bem se você discordar) é: quando há dinheiro envolvido, existe outro nível de compromisso.
Dinheiro é autocuidado também e se tem uma coisa que me traz satisfação é ver dinheiro nas mãos de gente boa. Como tu se sente com a ideia de monetizar tuas horas invisíveis de dedicação à causa de masculinidades? Será que dá? Como a gente pode monetizar o que fazemos de um jeito que cuide de nós e seja acessível pros outros tbm? Tu já pensou nisso? O que mais é possível? Bora pensar juntos?
Assim que terminar de ouvir esse áudio, deixa uma mensagem no grupo me contando o que veio na tua mente e no coração com esse episódio e com essas bolas levantadas.
Falando em bolas, por favor, faço o contrário: apare as bolas, mantenha a barba.
Tchau e até a próxima!
(frase de fim de episódio)