Minipod Contos #8 | Ademir Pascale, Lúcio Oliveira Jr e João Paulo Santos

Eduardo Spohr
Eduardo Spohr
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5 min readSep 5, 2023

Salve, salve, galera. Mais um Minipod Contos no ar!

Neste programa, conheça o drama psicológico e apocalíptico “O Último Homem”, de Ademir Pascale. Confira também a história de um médico novato explorando os sombrios corredores da Rússia pós-comunista no conto “Método Frio”, de Lúcio Oliveira Jr; e revisite a clássica tragédia de Tristão e Isolda em “A Sentença de Tristão”, de João Paulo Santos.

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O ÚLTIMO HOMEM, de Ademir Pascale

Fevereiro de 2025.

Visão embaçada. Sensação de angústia. Formigamento. Frio. Foi exatamente isso o que ele sentiu quando saiu cambaleando de dentro do grande cilindro. Seminu e descalço, caminhou até a porta do cubo. Trancada. Sentou no único banco de metal e tentou recordar o que diabos fazia ali, e pouco a pouco as lembranças foram surgindo e os acontecimentos entrando nos eixos.

A primeira lembrança foi que não estava sentindo sua constante dor de cabeça.

A segunda lembrança, que veio como um baque, foi que nunca mais veria a sua querida Antônia.

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Biografia

Ademir Pascale é paulista, escritor, ativista cultural, casado com a publicitária Elenir Alves e pai de dois meninos. Editor da Revista Conexão Literatura e colunista da Revista Projeto AutoEstima. Chanceler na Academia Brasileira de Escritores (Abresc). Associado da CBL (Câmara Brasileira do Livro). Participou em mais de 100 livros, tendo contos publicados no Brasil, México, China, Portugal e França. Publicou ao lado de Pedro Bandeira no livro “Nouvelles du Brésil” (França), com xilogravuras de José Costa Leite. Organizador do livro “Possessão Alienígena” (Editora Devir) e “Time Out — Os Viajantes do Tempo” (Editora Estronho). Fã n° 1 de Edgar Allan Poe, adora pizza, séries televisivas e HQs. Autor dos romances “Jornal em São Camilo da Maré” e “O Clube de Leitura de Edgar Allan Poe”. Entre a organização de suas antologias, estão os títulos “O Legado De Edgar Allan Poe”, “Histórias Para Ler e Morrer de Medo” e outros. Escreveu a introdução do livro “Bloody Mary — Lendas Inglesas” (Ed. Dark Books). Contato: ademirpascale@gmail.com

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MÉTODO FRIO (ou, FESTIM DAS MOSCAS), de Lúcio Oliveira Jr.

Era a última chamada do dia. O inverno estava chegando, mas ainda havia resquícios de calor, mesmo o sol já se pondo mais cedo. A temperatura ou a minha ansiedade de estar atendendo pela primeira vez sozinho faziam o suor escorrer pelas minhas costas, preso na roupa de proteção. Sete anos me preparando, uma semana de observação. Até ali estava tudo bem, nada muito fora do comum. Alta pandemia, os chamados estavam aumentando a cada dia, pessoas com medo de sair as ruas, medo de irem até os hospitais, o que causou uma chuva de ligações pedindo atendimento em casa. Não era o que eu almejava fazer como médico, não queria ser “médico de porta em porta”.

Finalmente chegamos, o carro estacionou e fui procurar meu destino. O prédio era velho e pouco iluminado. Como quase todos os edifícios a entrada era o que seria o “lado de trás” a frente normalmente eram pontos comerciais. Algo bem característico do leste Europeu.

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Biografia

Meu nome é Lucio de Oliveira Jr. tenho 30 anos e sou mineiro do interior de Minas Gerais, que se perdeu na Rússia desde 2014. Já fui livreiro, mas hoje sou médico. Sou casado e tenho uma filha de três anos. Leitor, escritor e mestre de RPG. Sou apaixonado por literatura e medicina, e decidi juntar as duas coisas em um projeto que dá um pouco de dor de cabeça.

Sobre o texto: Método frio (título em progresso), é uma coletânea de crônicas do meu trabalho como médico aqui na Rússia. Cada texto visa gerar um sentimento e explorar ele. Quero mostrar as inseguranças e os medos de médicos recém-formados, e dos sentimentos que nos cercam. Optei por crônicas literárias por serem mais curtas e objetivas, mas que me dava espaço para criação. Não queria um formato autobiográfico. Envio para vocês a primeira crônica da coletânea: Festim das moscas. Muito obrigado por essa oportunidade, me sinto lisonjeado.

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A SENTENÇA DE TRISTÃO, de João Paulo Santos

“Por que ainda insistes, se te troquei por outro?”

Essas palavras chamaram-lhe de volta. Lógica cruel, derramada em espírito debilitado. Quem quer que lhe as trouxesse tinha razão: rejeitado, então, por quê?

Em pé, justificou-se.

Deveriam ter alguma ligação espiritual, se não, por que lhe perseguiria em sonho? Trocaram juras de amor. Não juraria mais. “Não, eu não juro.” O de seu partido, olhou-o de soslaio. Quem lhe olhava assim era o que agora o substituía: oblíquo, sorriso canto de boca.

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Biografia

Meu nome é João Paulo dos Santos Neto. Sou graduado, mestre e doutorando em História pela Universidade Federal do Amazonas. Escrever para mim é um ato de confissão no qual busco absolvição. Por isso, não costumo escrever com frequência. Profissionalmente, já tem um tempo que lido com fontes medievais. Em resumo, estudo o “humanismo” dos cônegos de São Vítor no século XII — uma comunidade parisiense fundada em 1115. Quando conheci as histórias medievais de Tristão e Isolda, e toda a força dramática que elas carregam, acredito ter encontrado os personagens perfeitos para me expressar textualmente, assim como outros devem ter feito ao longo da história. Não sei se ela agradará a outros leitores, e é justamente por isso que a enviei para vocês. Sei que o tema destoa da maioria dos contos que vocês analisam, no entanto, não encontrei nenhuma restrição quanto a isso nas instruções no blog do meu querido Eduardo Spohr (autor cuja obra tive a felicidade de conhecer há um tempo).

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Eduardo Spohr
Eduardo Spohr

Escritor, jornalista, professor universitário (curso de extensão, mas tá valendo), blogueiro, podcaster, filósofo de botequim e PHD em contar piadas sem graça.