Aniversário de 10 anos do Bitcoin e como vai o mercado?

Juliana Furlan
e-juno
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2 min readSep 20, 2018

Em 15 de setembro completamos 10 anos da maior crise financeira desde 1929, quando o banco norte-americano Lehmann Brothers declarou falência após estar abarrotado de dívidas de hipotecas vencidas, dando início ao efeito dominó de quebras no sistema financeiro afetando economicamente diversos países.

O governo americano inseriu trilhões de dólares com o intuito de estabilizar o fluxo financeiro, o que criou o cenário perfeito para desconfianças sobre a eficiência do até então atual sistema financeiro.

Apenas um mês após o Lehmann ir à falência, nasceu o Bitcoin (criação do pseudônimo Satoshi Nakamoto indivíduo que divulgou o whitepaper do Bitcoin em um fórum de discussões sobre criptografia). A publicação dizia ser “uma versão puramente peer-to-peer de dinheiro eletrônico que permitiria que pagamentos on-line fossem enviados diretamente de uma parte para outra sem passar por uma instituição financeira”.

A criptomoeda trouxe uma nova alternativa à moeda convencional, prometendo contornar as instituições financeiras em que a crise ocorreu. Porém, durante os 10 anos que se seguiram, o Bitcoin, blockchains e mercado tradicional criaram uma relação simbiótica.

Empresas pioneiras de Wall Street estão migrando para o mundo das cripto, encontrando na blockchain soluções de segurança e otimizando processos e com isso, pressionando o mercado para a criação do índice de fundo de investimento do Bitcoin (ETFs), que traria maior valorização e confiança para os investidores que ainda não foram envolvidos pelo mercado.

A verdade é que a criptomoeda está longe de ter a intenção de derrubar qualquer sistema financeiro substituindo a moeda local. Os bancos tem seu crescimento por meio das poupanças e CDIs entre outros investimentos, enquanto as exchanges esperam a regulamentação e criação dos fundos de investimentos específicos para criptomoedas.

Podem ter sido vários os objetivos da criação do Bitcoin, mas certamente não era de conversão, e sim oferecer um sistema financeiro seguro, firme, eficiente e justo, características que se perderam ao longo dos anos, e que acarretaram a quebra do Lehmann Brothers.

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Juliana Furlan
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Estudante de GPP, finanças e mitologias. Dedico parte do meu tempo a produção de artesanato e conteúdo na e-juno.