O que é SEC e o que isso tem a ver com seus investimentos em criptomoedas?

Juliana Furlan
e-juno
Published in
2 min readOct 18, 2018

Desde a quebra da Bolsa de Valores dos Estados Unidos em 1929, existia a tentativa de reconquistar a confiança dos investidores no mercado financeiro e desta necessidade nasceu em 1933 a Securities and Exchange Commission (SEC) ou CVM, Convenção de Valores Mobiliários, em português. O principal órgão regulador do mercado acionário norte-americano é responsável por supervisionar as atividades financeiras das bolsas de valores desde assuntos relacionados à emissão de novas ações e negociações até o controle das atividades de corretoras de valores.

Formado por cinco comissários, os membros são indicados pelo presidente e aprovados pelo Senado, que devem respeitar a regra de não haver mais de três comissários de um mesmo partido. Os crimes mais comuns a serem impedidos são: fraudes contábeis, especulação, divulgação de informações fraudulentas e Insider Trading, a venda de informações por parte de funcionários.

Para poder fiscalizar as ações das empresas, a SEC exige um relatório periódico com diversos dados financeiros que contém explicações sobre qualquer fato relevante para a tomada de decisão de um possível investidor, além de dados sobre planos de investimento futuro. Quanto à proteção dos investidores, a SEC disponibiliza relatórios gratuitos online com todas as informações necessárias para facilitar o acompanhamento da bolsa, pois, o órgão apenas impõe regras ao mercado de capitais, mas não se responsabiliza por eventuais perdas ou ganhos que o investidor possa ter.

Ao contrário do que pode parecer, a SEC não busca prejudicar ou investigar as empresas com a intenção de criar um cenário de desconfiança, pelo contrario, o intuito é dar maior segurança jurídica ao mercado.

Sendo assim, existe uma grande expectativa por parte das Exchanges para que a SEC aprove a criação de um índice de fundo (ETF) para o Bitcoin. Assim, existirá parâmetros para a regularização do comércio de criptoativos, em que o colegiado irá explicar sob quais circunstâncias um investimento indireto em criptomoeda será permitido.

Este movimento vem da crescente procura por parte dos investidores que encontram nas criptomoedas um novo meio de investimento, pagamento e troca de bens.

A criação do ETF para o Bitcoin trará a possibilidade de terceiros armazenarem e obterem fundos, possibilitando que as bolsas de valores ao redor do mundo possam negociar criptomoedas com segurança, consequentemente aumentando o volume e liquidez dessa nova e crescente economia.

--

--

Juliana Furlan
e-juno
Writer for

Estudante de GPP, finanças e mitologias. Dedico parte do meu tempo a produção de artesanato e conteúdo na e-juno.