A Única Maneira de Tomar uma Decisão

Tom Paes
E-volua
Published in
3 min readNov 3, 2016

Com certeza você já se deparou com a seguinte situação: Você fez ou deixou de fazer algo e se arrependeu amargamente depois. Isso é normal, todos nós já passamos por isso. Mas você já parou para pensar que você pode estar tomando decisões da maneira errada? Existe uma maneira certa de tomar uma decisão? A resposta é não. Não existe uma maneira correta de tomar uma decisão, mas existe uma maneira melhor de tomá-las.

Primeiro precisamos entender que tomar uma decisão se gasta muita energia. Cada vez que você para e decide se compra aquele casaco ou não, seu cérebro recorre a milhões de informações, de memórias a possíveis futuros, passando por medos, esperanças, aceitação social, entre outros aspectos. Isso toma muita energia de seu cérebro, que já opera com pouquíssima. Estima-se que o cérebro humano opere com apenas 25 watts! Menos energia que a lâmpada da sua escrivaninha. Por causa disso, quanto mais decisões difíceis você tomar, menos “inteligentes” elas serão, por isso que é mais fácil deixar de comer algo não saudável no almoço do que na janta. Sendo assim, o melhor que podemos fazer é tomar menos decisões. Sim, usar o automático do nosso cérebro para o bem, a nosso favor. Para por isso em prática podemos usar uma simples pergunta:

Isso me deixa mais perto do meu objetivo?

Sempre que você se deparar em uma situação onde precisa tomar uma decisão, faça essa pergunta: “Isso me deixa mais perto do meu objetivo?”. Se a resposta for sim, não hesite em fazer/comprar/investir. Você com certeza não se arrependerá, apesar de sentir esse friozinho na barriga. Se for não, não se culpe ou pense muito sobre isso, simplesmente recuse, saia fora. Essa simples pergunta vai economizar muita energia em seu cérebro, fazendo sua força de vontade estar sempre em alta. Tudo que você precisa é de umobjetivo que seja forte e faça sentido para você.

Semana passada eu queria aprender algo sobre economia compartilhada e esse era meu objetivo. Procurei na internet livros sobre esse assunto e descobri que existem muitos livros sobre esse assunto e um deles sempre aparecia em destaque como marco zero da teoria da economia compartilhada. Quando fui comprar o livro vi que o preço dele era, pelo menos, três vezes maior do que qualquer outro livro sobre o assunto, mais do que eu estava previamente disposto a pagar. Meu objetivo não era economizar dinheiro (poderia ser, não há problemas nisso), era aprender sobre o assunto e, para aprender sobre o assunto, nada melhor do que aprender com o que ensinou todos os outros. Comprei o livro (claro que eu fiz uma pesquisa antes e paguei no site mais barato) e foi libertador, pois se o meu objetivo não estivesse claro naquela hora, provavelmente esbarraria no problema preço, que me faria ficar uns dez minutos olhando para o preço do livro e ponderando possíveis cenários futuros que nunca aconteceriam e desistir da compra e ainda me arrepender dessa decisão mais tarde.

A ideia também não é pensar de maneira “Sim, senhor” e aceitar tudo que vier. É claro que muitas vezes você terá que dizer não. Na verdade, ter um objetivo é dizer não. Antes de finalizar a minha compra o site me ofereceu outro livro com um grande desconto e eu não peguei. Esse outro livro não me levaria mais perto do meu objetivo. O problema com decisões é que o objetivo pode mudar instantaneamente com a entrada de novas informações. Quantas vezes você recusou aquele curso que queria fazer por conta do preço, mesmo podendo pagar? Quantos “muito caro” você falou sem ter uma base para comparar aquele preço? Nessas horas seu objetivo simplesmente mudou no meio da decisão. Ter um objetivo claro antes de se deparar com a decisão ajuda muito e, na verdade, deveria ser a única maneira que você deveria fazê-las.

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