Uma carta da fantástica e desconhecida Indonésia
Minhas primeiras impressões sobre um lugar que me encantou com sua rica diversidade
Faz alguns meses que voltei da Indonésia onde morei por um ano e não consigo parar de pensar em quão incrível foi a experiência lá. Cresci, amadureci e conheci coisas que nem em meu sonho mais distante consegui imaginar. Eu não consigo entender como conhecemos tão pouco deste lugar tão fantástico. Confesso que quando ouvi falar da Indonésia pela primeira vez pensei só em praias e plantações de arroz. Porém, eu não poderia estar mais errado. Além de toda beleza natural, existe uma cultura rica e diversificada (as fotos no final estão aí pra comprovar). É a casa de um povo muito caloroso. É um diamante esperando ser descoberto. Por isso, decidi compartilhar uma carta com as minhas primeiras impressões desse país para que você sinta um pouco de tudo que presenciei.
27 de Janeiro, 2016
Jakarta
[…]
Finalmente estou na Indonésia, um país longe de tudo e de todos que conheço. Você me perguntou como eu estava e quais eram minhas impressões deste lugar. Não respondi por ainda não saber. O tempo foi pouco para ter uma resposta. Mas creio que agora, ao ter passado alguns dias na capital, enfim tenho minha impressão e vou compartilhar.
Indonésia é uma impressão do mundo. É como se eles se apossassem do planeta e concentrassem toda sua herança dentro de um conjunto de milhares de ilhas. Indonésia é um país rico. Sua cultura, seus costumes, são impressionantemente diversificados. Cada raça e cada língua é única, à semelhança de uma impressão digital. Os sorrisos, as risadas, a comida, a música, são todas pinceladas que imprimem em uma tela sem graça a beleza da vida.
Mas o que mais me impressiona, é que eles são cheios de “sukacita”, isso é, alegria. Mas não é meramente uma alegria simplória e rasa, é uma alegria ideal, uma alegria cheia de amor. E entre todo movimento e toda agitação de uma das maiores capitais do mundo, ainda se encontra “sukacita”. Nos supermercados, nas escolas, nas barraquinhas,nas esquinas, nos salões de beleza e nas praças, durante o dia e durante a noite. Entre os “bem de vida” e entre os menos afortunados. Para com o nativo e para com o estrangeiro. Ainda se encontra “sukacita”. Por isso, posso dizer que a minha impressão é que o mundo poderia ser um pouquinho mais como a Indonésia.
Com carinho,
A.