Uma semana de protestos contra Sartori
Nas primeiras horas da manhã da última segunda-feira (31/8), o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, anunciou o parcelamento dos salários de 347 mil servidores estaduais, inciando uma das semanas mais turbulentas para a atual gestão. Neste período, o Editorial J reportou protestos, passeatas e outras consequências do parcelamento salarial dos servidores do Estado. Leia o resumo da semana:
“O jeito é pedir esmola”
Terça-feira (01/9) — “O jeito é pedir esmola”. A frase é do sargento da Brigada Militar, Alceu Mendes, de 60 anos. Com uma faixa preta enrolada no braço, o sargento da BM estendia um chapéu, pedindo contribuições para os motoristas que passavam em frente ao Palácio Piratini. Leia a reportagem completa.
Escolas fechadas
Quarta-feira (02/9) — “Vou ter que pedir ajuda até para comprar o papel higiênico”. A declaração é da diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Rio de Janeiro(foto), Adriana Becker Rushel. A instituição de ensino foi mais uma, entre as escolas do Estado, que não tiveram aulas no terceiro dia de greve dos professores, em protesto ao parcelamento de salários. Leia a reportagem completa.
Professores vão às ruas
Quarta-feira (02/9), 8h — Na véspera do ato unificado contra os cortes de Sartori, cerca de 200 professores promoveram passeata pelas ruas Porto Alegre, contra o parcelamento de salários dos servidores públicos. Na foto captada pelo Editorial J, a manifestação passava pelo viaduto Obirici, no bairro Passo da Areia. O protesto bloqueou temporariamente o trânsito no trecho, durante a manhã.
Restaurantes mais vazios
Quarta-feira (02/9), 12h — “Antes, servíamos 200 almoços por dia. Agora, servimos entre 100 e 110. Hoje, foram servidos 103 pratos.” A constatação é de Zelmar Kologesky (foto), proprietário do restaurante Prato do Dia, localizado próximo ao Centro Administrativo de Porto Alegre, que concentra diversos escritórios e autarquias. O proprietário relata ter percebido queda no número de clientes, desde o parcelamento salarial e das greves de servidores. Leia a reportagem completa.
Acorrentado à crise
Quinta-feira (03/9), 8h — “Sou mais uma vítima da ditadura e agora, da democracia. Hoje estou fazendo o que deveria ter feito anos atrás”, disse Carlos Alberto de Osório, 53 anos (foto). O caminhoneiro acorrentou-se em frente ao Palácio Piratini, em protesto dirigido ao governo do Estado, na manhã da segunda-feira. Acesse o nosso Instagram.
Protesto contra governo reúne diversas categorias em Porto Alegre
Quinta-feira (03/9), 14h — Segundo estimativa do Comando Policial, cerca de 1,5 mil servidores estaduais protestaram contra o parcelamento salarial promovido pelo governo de José Ivo Sartori. O ato teve início às 14h, na Praça da Matriz, e reuniu diversas categorias contrárias às medidas de austeridade do governo estadual. Leia a reportagem completa.
Texto: Gabriel Gonçalves (6º semestre)
Fotos: Annie Castro (3º semestre), Juliana Baratojo (4ºsemestre), Juliano Baranano, Wellinton Almeida (1º semestre)