Afinal, o que é NFT?

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Editorial tropix
Published in
5 min readNov 11, 2021

Que raios significa essa sigla. Em 2021, NFT explodiu como uma das maiores tendências do mercado atual, onde colecionadores e investidores podem garantir via blockchain a originalidade e propriedade de bens digitais.

Desde obras de arte até carros e imóveis, o non-fungible token (em tradução livre, token não fungível), é um ativo digital único e verificável que pode autenticar qualquer produto digital. Ele funciona como um novo protocolo de registro que abre espaço para as pessoas investirem de verdade na aquisição de obras de arte e outros ativos digitais. Basicamente, tudo o que existe online pode ser comprado na forma de um NFT.

Neste artigo vamos explicar tudo em relação ao NFT e como ele atua na indústria e na arte.

E o que significa NFT?

Um NFT, ou non-fungible token (em tradução livre, token não fungível) é um tipo de chave eletrônica criptográfica usada de forma única. Em outras palavras, um NFT funciona com uma espécie de certificado de autenticidade que comporta um valor específico.

Além disso, ele tem propriedades particulares do seu token por trazer um hash digital, capaz de converter letras e números em criptografia. Como resultado, esse processo garante a originalidade de um NFT, impossibilitando qualquer falsificação.

Nessa perspectiva, os “Tokens” funcionam como cripto ativos que representam, de forma digital, produtos e serviços do mundo físico (ou do digital), tais como: uma arte, música, jogos, vídeos, animação, fotografia, texto, etc.

O termo “Fungível” diz respeito a um bem que pode ser intercambiável, trocado por outro idêntico ou do mesmo valor. Logo, o conceito de “não fungível” se refere a ativos que não são substituíveis. Por exemplo, os NFTs são diferentes de criptomoedas porque não são ativos iguais entre si. Enquanto um bitcoin é indistinguível de outro bitcoin, um NFT não é igual a outro tanto em valor quanto em propriedade.

Portanto, um NFT se torna algo de caráter único e original com códigos de identificação exclusivos.

Quando surgiu o NFT

O NFT surgiu em 2012, com a apresentação da Coloured Coins, também conhecida como Bitcoin 2.x, uma criptomoeda que não vingou.

Atualmente, o NFT mais comum utilizado é o padrão ERC-721, que opera na rede Ethereum, tendo NFTs de outros padrões, também, como o ERC-1155, da Enjin, que tem foco em videogames.

Em 2017, os NFT começaram a chamar a atenção com a popularidade dos CryptoPunks, do estúdio de games Larva Labs que se trata de um jogo de colecionáveis com 10 mil avatares criados por meio de algoritmos.

Como funcionam os NFTs?

Para que um ativo digital se torne de fato um NFT, ele deve ser registrado pela tecnologia blockchain da qual ganhará uma sequência única de dígitos.

Assim, a blockchain funciona como a tecnologia de registro público de todas as transações feitas em Bitcoin (moeda eletrônica P2P que dispensa o uso de instituições financeiras regulatórias).

Entretanto, ainda existem outras criptomoedas usadas para NFT que são: a Tezos, a Flow e a Terra1. Resumidamente, elas são as que usam o sistema de Proof of Work para construir confiança.

Ou seja, a blockchain pode ser entendida como uma forma nova de banco de dados, que funciona como pedaços de código gerados online, que carrega informações conectadas, como uma espécie de blocos de dados que formam uma corrente.

Dessa forma, o ativo digital passa a ser tokenizado. Assim, qualquer pessoa pode verificar sua autenticidade e propriedade, tornando sua falsificação praticamente impossível.

Um exemplo prático: Pense na Mona Lisa… Você pode até imprimir uma cópia e colar na sua parede, mas essa impressão terá no máximo um valor afetivo, já que a tela original segue sendo única.

Assim sendo, os NFTs permitem autenticar uma obra digital, a tornando única, mesmo que haja milhões de cópias digitais espalhadas pela web.

Então, os NFTs podem ser usados ​​para identificar quase qualquer item físico ou virtual, como por exemplo:

  • Obra de arte;
  • Memes;
  • Skins;
  • Moedas virtuais;
  • Avatares;
  • Música;
  • Receitas;
  • Colecionáveis;
  • Imóveis;
  • Carros;
  • Cavalos de corrida;
  • Tênis de grife;
  • Terreno virtual.
  • Armas e outros colecionáveis em jogos;
  • Imagens de vídeo de momentos esportivos icônicos;
  • Entre outros.

As diferentes aplicações dos NFTs

Como cada vez mais os NFTs vêm ganhando o mundo, sua utilização em diferentes setores da sociedade se faz cada vez mais presente e diversa.

Por isso, iremos apresentar algumas aplicações bem-sucedidas que ocorram desde o seu surgimento. Acompanhe!

Indústria do entretenimento

Recentemente, a banda Kings of Leon tornou-se a primeira a lançar um álbum NFT no mercado.

O disco já arrecadou mais de R$ 10 milhões e o acesso ao token inclui assentos na primeira fila de shows futuros e edição limitada em vinil.

Indústria de games

CriptoKitties, o primeiro jogo em NFTs possibilitou que fãs adquirissem gatinhos com genomas digitais únicos, os quais definem suas aparências e características.

Era possível também cruzar com outros kitties e ter um gatinho novo, único.

Além disso, jogos como FortNite, CounterStrike ou Call of Duty, disponibilizaram a compra de skins e adesivos para transacioná-las no mercado em formato de NFTs.

Indústria esportiva

Nos esportes, esse universo é mais conhecido como “utility tokens”, pois geralmente vêm com outras utilidades como experiências, produtos e benefícios para os fãs.

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), por exemplo, lançou sua primeira venda de criptomoedas da seleção, arrecadando cerca de R$ 90 milhões.

Seus tokens foram lançados pela empresa turca Bitci que, inclusive, já lançou outros NFTs de outros parceiros como as seleções uruguaia e espanhola de futebol, a MotoGP e a equipe McLaren da Fórmula 1.

Além disso, a plataforma colecionável, NBA Top Shot, em cinco meses de funcionamento já transacionou cerca de US$ 460 milhões no mercado secundário.

Como resultado, os fãs conseguem adquirir destaques de vídeos (ou momentos) montados pela própria NBA e vendidos em pacotes como um tipo de card esportivo digital e seus valores variam de US$ 9 a US$ 230 por pacote.

NFTs no mercado de arte

O uso dos NFTs no mundo da arte ocorreu em 2014, em Nova York, num hackathon reunindo artistas e programadores.

Em um artigo no The Atlantic, Anil Dash, CEO da Glitch, conta como ele e o artista digital Kevin McCoy criaram uma “versão inicial de uma mídia suportada por blockchain para reivindicar a propriedade de uma obra digital original”.

De lá pra cá, os NFTs têm sido utilizados para obras de artes digitais com o objetivo de proteger direitos autorais online.

Dessa forma, por meio dos tokens não-fungíveis e de contratos inteligentes, os artistas conseguem incluir sua identidade na criação.

Os tokens não-fungíveis permitem ainda monetizar as obras de arte digitais, que até pouco tempo atrás não tinham valor em leilões e hoje superam milhões de dólares graças aos NFTs.

Portanto, o artista pode vender sua obra como um original único e determinar a quantidade de réplicas existentes, aumentando o interesse de colecionadores.

Em conclusão, os NFTs são vistos como uma forma de artistas retomarem o controle financeiro sobre o que produzem.

Agora que chegou até aqui, não deixe de conhecer as obras de grandes artistas aclamados no mundo da arte contemporânea, agora com os seus trabalhos de Cripto Arte abertos para lances na Tropix.

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