Harmonia e conflitos na formação de equipe

EFEITO 5 Gestão Empresarial
EFEITO 5
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4 min readJun 1, 2017

A questão de harmonia e conflitos dentro do grupo de trabalho é bem interessante, muitas vezes somos tentados a considerar as afinidades como algo sempre positivo e os conflitos como sempre sendo negativos.

Na verdade, não é sempre assim. Há pontos bons e ruins nas duas situações.

Vamos considerar uma equipe de trabalho. Pense aí nos seus colegas de setor, por exemplo.

Podemos traçar uma escala de relações entre as pessoas dessa equipe. Desde aquelas que vivem constantemente em conflitos até aquelas que estão sempre em harmonia.

Tenho certeza que você já começou a relacionar algumas pessoas do seu trabalho nessa escala, certo?

Pois então, há pontos positivos e negativos nesses tipos de relações na equipe.

Em um grupo onde as pessoas se dão muito bem e se relacionam de forma saudável, é comum encontrarmos um maior alinhamento, um clima de trabalho animado com alta energia.

Podemos ver um maior foco e concentração. Todos caminhando, de acordo, rumo a um destino;

Entretanto, se essa harmonia for muito intensa, corremos o risco de se formarem grupinhos, as famosas panelinhas, que acabam excluindo algumas pessoas no trabalho. Só entram no clube quem é amigo da turma.

Forma-se um grupo tão próximo que acabam todos pensando e agindo da mesma forma. Não há nenhuma divergência entre eles. E, no fim, fica todo mundo preso dentro da caixa com as mesmas ideias, caminhando todos na mesma direção. Mas quem garante que estão no caminho certo?

Por outro lado, em qualquer grupo, podem haver situações em que as pessoas entram em conflitos. Nem todo mundo é amigo de todo mundo o tempo todo. Mas, mantendo-se o respeito e profissionalismo, há pontos positivos nessas divergências.

O debate de ideias e divergências pode proporcionar um crescimento profissional, uma vez que é preciso maturidade para se relacionar com alguém que não concorde com tudo o que falamos e procurar tratar as desavenças.

Ao invés de todos pensarem igualmente, é importante termos aquele colega que nos alerta a pensar diferente e questiona o que o grupo está fazendo.

Além disso, o conflito promove um ambiente criativo e isso é muito positivo.

Mas, claro, muitos sofremos com o lado negativo dos conflitos que ocorrem no grupo. Algumas vezes vemos casos de stress, brigas e até tentativas de sabotagem quando membros do grupo não se dão bem.

Muita energia é gasta nesse embate e o resultado do trabalho fica em segundo plano.

Nesses casos, é necessário que o líder identifique os pontos causadores de conflitos e as pessoas envolvidas. E, ao identificar que alguém não compartilha os mesmos valores que a empresa, deve procurar conversar e oferecer ajuda.

Se a situação permanecer e o líder verificar que a pessoa, ou os envolvidos, estão ali apenas para prejudicar a equipe e o trabalho, não deve pensar duas vezes: corte o mal pela raiz!

Não há motivos para mantermos alguém que não compartilha do mesmo propósito. Essa pessoa merece a oportunidade de encontrar um novo grupo que a motive. Debates de ideias que promovem o crescimento, é sempre bem-vindo, mas enfrentamentos pessoais que só prejudicam, não faz sentido.

Assim, se um determinado projeto demanda criatividade, procure formar uma equipe onde há conflitos e debates produtivos.

Se o projeto demanda um maior foco e não há dúvidas do caminho a seguir, pode formar uma equipe com mais afinidade entre os participantes.

É isso, na formação de uma equipe, o que determina é o objetivo do trabalho. Tendo isso claro, podemos definir mais facilmente, o perfil das pessoas que farão parte do nosso time. O equilíbrio é a palavra-chave!

Um grande abraço!

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