Terra nas mãos, alimento de qualidade nas mesas
Composto de árvores retiradas da cidade adubam chão de propriedades no interior de Santa Helena
É em mais uma das pequenas propriedades rurais espalhadas pelo interior de Santa Helena, na região do lago de Itaipu, que a família Silva produz quase tudo o que consome, e mesmo sendo uma propriedade pequena é mais uma das milhares de chácaras espalhadas pelo país que põe boa parte dos alimentos na mesa dos brasileiros.
Toda a variedade de hortaliças: alface, repolho, cebolas, couve, beterraba, entre outros tem um destino certo: a feira no centro da cidade, e tudo é bem organizado para não perder espaço no comércio.
“Nós temos uma feira local onde hoje nós comparecemos duas vezes por semana. Um dia vai eu, outro dia vai meu filho. Dali a gente consegue vender boa parte da produção. Outra parte da nossa distribuição é realizada por meio de uma cooperativa que compra a produção. Outra parte também é vendida por meio de contratos com a prefeitura municipal”, diz o agricultor Adão Silva.
Toda a variedade de hortaliças e legumes produzidas tem uma embalagem especifica com rótulo em cada um dos pacotes. Processo esse que segundo seu Adão traz mais higiene e evita que ocorra contaminações, e isso ainda por cima agrega no valor da produção. Com apenas dois alqueires, a família Silva otimiza o pequeno espaço da propriedade para obter renda o ano inteiro e produzir uma grande variedade de legumes e hortaliças.
Dentro da área total de terras da família, são utilizados 0,7 hectares de horta onde se produz diversos alimentos que vão desde a plantação de hortaliças, temperos, batatas e algumas frutas que também são comercializados no sítio. Toda essa variedade só é viável graças graças à implementação de matéria de composto orgânico que traz maior qualidade da produção dos seus alimentos.
Na adubação do solo o agricultor nos informa que boa parte da matéria orgânica é advinda de madeiras que são trituradas após a poda de árvores que são realizadas por funcionários da prefeitura.
“Esses galhos são levados para um local de propriedade do município onde há uma espécie de compostagem. Depois de um tempo a gente trás a matéria pra cá e utiliza nos canteiros. Essa cobertura possibilita a proteção da terra e acúmulo por mais tempo de umidade”, diz seu Adão.
O cultivo da terra sempre fez parte da vida da família e foi quando focaram as atividades no cultivo de hortaliças que o caminho para uma vida com qualidade maior teve início e sair da roça…bem, nem pensar.
“Aqui é um lugar de paz, pra mim isso aqui é saúde, é algo inexplicável”, diz Adão.
