Encontro ELLA 2018

ELLA
ELLA 2018 | PORTUGUÊS
6 min readSep 9, 2018

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7 à 11 de Dezembro, em La Plata, Argentina

Em 2018, com a bandeira da luta pelo aborto legal e as redes tecidas por Ni Una Menos e centenas de coletivos feministas, temos certeza de que podemos juntas, construir uma grande mobilização para ter um ELLA diversificado e com o poder da América Latina. O #8M com a Parada Internacional das Mulheres e as 2 milhões de companheiras que tomaram as ruas para exigir que seu direito de decidir seja respeitado, ajudam a prepar o território para nossa encontro.

Aborto

Na Argentina, a maré verde que acumulou corpos e quer massivamente bloquear as ruas em torno do Congresso onde o aborto legal foi discutido é uma conseqüência direta desse duplo movimento de massa e radicalização da aposta feminista. O mundo estava atento a essa maré verde e no continente latino-americano as manifestações e iniciativas se multiplicaram para que o contágio pudesse resultar na obtenção do direito ao aborto legal em toda a região.

Nossos corpos são outros depois de ter nos encontrado maciçamente nas ruas, e estão agora resignificados como territórios revolucionários e assim nós plantamos sobre os territórios que habitamos contra a expropriação colonial e exploração capitalista neoliberal, como sementes da insurreição que expandem suas raízes subterrânea, conectando experiências de desobediências diversas, disruptivas, impulsionadas pelo desejo de mudar tudo.

Autonomia

Quando falamos sobre a autonomia de nossos corpos a precariedade da vida é clara: o trabalho não é reconhecido como trabalho, trabalho que se reinventa em economias populares e imigrantes, a diminuição dos salários e valor de troca de uma dívida compulsiva com organizações multilaterais que atravessam nossas vidas por meio do endividamento privado, necessário para sustentar o cotidiano, pagar as taxas, ir à escola, colocar a comida na mesa.

Desejo

Quando falamos de desejo, narramos tanto o poder do prazer quanto o desejo de emancipação da violência sexual e machista, da obediência que envolve fazer contas o dia todo apenas para sobreviver; Falamos do desejo de projetar nossa vida cotidiana no campo da comunidade que marca a luta compartilhada, a certeza de que não há presente ou futuro em explosões individuais, mas no compartilhamento de vulnerabilidades e poderes.

Liberdade

Quando falamos de liberdade para decidir, também estamos narrando a fuga de uma organização social familiar que busca nos isolar na esfera doméstica, onde a violência é mascarada e age em silêncio, a violência invisível. O que perpetua o governo e a hierarquia dos pais, que nos exploram em nome de amor ou dedicação aos outros e aos outros como fonte de valorização do feminino. Estamos falando, quando nomeamos o direito de decidir, também a emancipação das religiões, seu sistema de obediência, sacrifício e punição encontrado no corpo das mulheres, em todos os corpos feminizados, seu campo de batalha e sujeição.

O assassinato brutal de Marielle Franco, no Brasil — negra, lésbica, favelada, militante política - foi amplificado em todo o mundo porque existe uma leitura feminista de sua execução pelas forças policiais. E lá no Brasil, como no Chile, na Costa Rica ou no Paraguai, também há mobilizações pelo direito ao aborto, violadas na maior parte da região. Negar o aborto legal na Argentina foi uma forte aposta da igreja católica colonialista para silenciar o tremor do continente. E mesmo quando se acredita que o avanço dos fundamentalismos católicos e evangélicos seja fortalecido pela decisão do Senado, as organizações territoriais populares são fortalecidas com o processo de compartilhar os múltiplos significados sociais que a demanda por aborto legal atravessa.

Durante três décadas, os Encontros Nacionais de Mulheres foram realizados em diferentes partes do país, onde dezenas de milhares de mulheres, lésbicas, travestis e transgêneros discutem suas experiências de organização e resistência, fortalecendo-as e modificando as subjetividades das mulheres. que participam, que por sua vez espalham esse poder para suas organizações e grupos militantes.

Esse eco feminista foi amplificado desde a primeira mobilização do Ni Una Menos, em 3 de junho de 2015, e foi replicado em ações em todo o mundo. Para citar alguns que são responsáveis ​​por esta tendência: em 25 de julho de 2015, as mulheres negras e trabalhadoras do sexo marcharam no Brasil, em 7 de Novembro, 2015, na Espanha mulheres mobilizou massivamente com o mesmo slogan, demonstração começou para gestar depois da experiência argentina. Em 24 de Abril, 2016, México transbordou mulheres denunciando feminicídio com o slogan “Vivas nos queremos” em 13 de agosto, 2016, Peru teve a maior marcha em memória viva naquele país tem, o slogan não era Um a menos; em junho de 2016, a marcha, não menos em nosso país depois de um processo de montagem de um mês em que todas as forças políticas do arco oposição e organizações feministas, em 03 de outubro de 2016 repetiu o polonês entraram em greve contra a intenção de restringir ainda mais o acesso ao aborto por parte de seu governo que inspirou a medida da Parada Nacional das Mulheres em 19 de outubro de 2016 na Argentina. Desde então, ele começou a hesitar Internacional Mulheres Paro para 8 de março de 2017, mas antes, nos Estados Unidos, as mulheres reagiram à misoginia do recém-eleito presidente Donald Trump em 21 de janeiro de 2017 internacionalmente.

Se falamos de maré, é porque essas ações recuperam a força de uma para multiplicá-la na outra, como as marés que oscilam ao ritmo das oscilações dos corpos celestes sem se tocarem; As mulheres do mundo são abaladas pelo fervor e pelo ritmo da luta dos outros, além dos contatos corpo-a-corpo. O slogan Ni Una Menos foi escrito em muitas línguas, ele deixou nas montanhas da Colômbia e nas do Curdistão com esse slogan e em muitos outros lugares, urbanos ou rurais.

Com a Paralização Geral de Mulheres, tivemos a possibilidade de re-interseccionar as razões da opressão: por lésbicas travestis ou transgênero, por corpos grávidas sem o direito de decidir em liberdade sobre essa capacidade, por classe, local de origem, racialização, a idade, a diversidade corporal. “Um feminismo de 99 por cento” foi chamado em um documento em que eles arengaram o desemprego em 2017 feministas feministas combativas como Angela Davis.

ELLA imprimirá sua marca neste território que não conhece fronteiras para criar horizontes, palpáveis, habitáveis, que existam. Percebendo os feminismos que não encalham em um só lugar ou são de um único modo, eles transbordam e se transformam em nossos modos de vida, parando, golpeando, fazendo política, aliando-se a nós mesmos, discordando e concordando.

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