Conheça os eixos d’ELLA!

Não há dúvidas que a América Latina vai ser toda feminista: nos últimos anos estamos vivendo uma explosão de iniciativas que comprovam esse fato, nas ruas e nas redes.

Desde de nosso último encontro em maio de 2015 surgiu o Ni Una Menos, explodiu uma resistência feminista, as mudanças política-econômica em nossos países e juntas construímos o que foi maior 8M da história até hoje. Literalmente cruzamos pontes, pautando a representatividade e protagonismo das mulheres nos países latinos.

E para debater esse acúmulos, propomos os seguintes temas:

1) Liderança e participação política

Diálogos sobre a missão de promover a igualdade de oportunidades para a participação política plena e efetiva das mulheres em todos os níveis de tomada de decisão e o fortalecimento das democracias que levam as mulheres em consideração. Buscaremos promover espaços para falar de estímulo da liderança coletiva e diversidade de vozes femininas nos espaços institucionais.

2) Justiça Econômica para as mulheres

Precisamos falar sobre sustentabilidade entre nós e para nós. É por isso que temos momentos onde discutiremos iniciativas, pessoas e experiências que procuram eliminar as barreiras estruturais que impedem a igualdade de gênero e promover a reformulação de modelos de desenvolvimento que negam acesso de mulheres a oportunidades socioeconômicas iguais. Juntas, discutiremos direitos trabalhistas, trabalho decente e proteção social.

3) Violência contra as mulheres

As mulheres vivem em situações de emergência e risco. É por isso que ELLA convida as iniciativas que procuram eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres nas esferas pública e privada, incluindo o tráfico para fins de exploração sexual e/ou laboral, e promover o respeito pela integridade e autonomia em relação a seus corpos. Garantiremos o respeito integral, a autonomia de seus corpos, a autonomia psicológica, direitos sexuais e reprodutivos e lutaremos pelo fim do feminicídio.

4) Território, Justiça Ambiental e Mudanças Climáticas

Há mulheres liderando o enfrentamento as catástrofes naturais. Outras mulheres batem de frente com o conflito armado na Colômbia. Por essas e outras, é necessário falar sobre o papel das mulheres no clima e na justiça territorial. As crises climáticas, ambientais e terrestres são assuntos que estão predispostos a colocar as mulheres como vítimas. É impossível falar de Cultura de Paz sem falar das mulheres — nós não só resistimos, nós lutamos.

5) Comunicação e Mídiativismo

Desde sempre, vivemos num mundo em crise com a representatividade da mulher. Na comunicação, ela é sub representada, objetificada e colocada em espaços de submissão. Por isso, não basta dizer que queremos mais veículos, pautas e abordagens com um viés feministas. É preciso construir. No ELLA 2017, além dos debates vamos ter um laboratório que vai funcionar 24hrs pensando, elaborando e executando uma comunicação de mulheres para mulheres.

6) Cultura e Diversidade

Nós mulheres, somos matrizes das culturas dos nossos países. A mesma cultura que nos marginaliza, invisibiliza ou ainda nos obriga a seguir uma linha comportamental. Vamos então nos unir contra isso e criar sistemas sociais onde mulheres sejam valorizadas. Falar de Cultura, Comportamento e Diversidade é essencial num evento como o ELLA, onde nos desafiamos não só a ter um ambiente livre de preconceitos estéticos, étnicos, raciais, religiosos, políticos, sexuais, classistas, mas que celebre essas diferenças.

7) Ellas Criam

A arte tem uma importância grandiosa nas nossas organizações. Para além de debatermos o âmbito antropológico e comportamental da cultura é necessário falar de nossa produção artística-política. É preciso visibilizar as mulheres que têm uma participação efetiva em muitos espaços da cadeia cultural, do agenciamento aos palcos. Por isso estamos propondo que a programação cultural dos ELLAs levem isso em conta — realizar atividades artísticas, lúdicas e de distensionamento, mas que também dialoguem com nossas lutas e pautas.

8) Diálogos Emergentes

O objetivo final da ELLA é criar espaços em que diferentes feminilidades possam se debater e se reconhecer, procurando sempre um espaço de paz e harmonia entre nós. Sabemos que somos muitas e diversas, por isso traçar esse caminho pode ser um desafio. É aqui que vamos debater o transfeminismo e a branquitude em nossos movimentos, por exemplo. Este ano, a ELLA propõe levar essas questões ao centro do debate, tratando-as com respeito que merecem.

É isso! Tem alguma dúvida?
Fale com a gente pelo email ellasmujeres@gmail.com especificando qual a sua questão.