O exterior e o nosso corpo são uma relação ativa/reativa.

A natureza nos prove vida mas sempre se mantém passiva, ao mesmo que reativa.

Denise Maliska
Espaço livre do oculto
3 min readNov 15, 2018

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Por exemplo: se vamos para o fundo do mar a água acaba tentando nos sugar para dentro, criando o risco de afogamento, mas se automaticamente nadamos tendo uma resposta a uma reação reativa ao mesmo que passiva da natureza, voltamos para a areia. Ou seja, temos uma ação inicial que é reagida , e como resposta temos outra ação ativa.

Ou por exemplo, se chutamos uma pedra, ela continua parada, porém somos nós que sentimos a dor. No sentido dos 7 princípios herméticos, conseguimos ter uma visão convidativa sobre o homem e seus questionamentos para com a regedora de nossa vida. Seguindo uma das leis de Hermes Trimegisto, podemos considerar que a visão e expansão perante a vivencia em que a natureza se manifesta pode ser criada a partir de nossa mente, porém ela também é a que nos atrela e nos condiciona para tal forma.

“I. O Princípio de Mentalismo

“O Todo é Mente”. Segundo este princípio Hermético, existe um conjunto que engloba todos os planos aos quais temos acesso, e também os que não temos, além de todos os planos e dimensões de existência, e este conjunto, o Todo, é uma Mente Universal. Isto porque tudo está conectado entre si, e cada ponto no Cosmos sofre influência de cada um dos outros pontos, funcionando como um conjunto coerente onde uma parte é indissociável da outra. Por mais que tentemos analisar um elemento do Cosmos separado do resto, se este estivesse separado seu comportamento seria diferente do que observamos na realidade, pois no Cosmos ele está ligado a tudo, não podendo ser dissociado.” De Xaoz Ars Magicae.

Exatamente neste conceito, junto com Robert Fludd e o Diagrama de Bry, o qual, na sua figura feminina ilustrada, pode nos mostrar a relação do ser humano, ou alma humana, na sustentação de toda natureza a sua volta. E assim como Peter J. Carroll em seu livro Liber Null, cria uma breve citação sobre o olhar da passividade do individuo pensante com a natureza, em que nos entrega a obtenção do poder da ação, porém, a natureza cria a reatividade.

Voltando para o Diagrama de Bry, a figura humana no centro também denota o homem na dualidade natural da vida. Mais atrelado por Robert Fludd, sobre a divisão entre razão e divinação.

Placa gravada por Theodor de Bry, ilustra as operações da natureza.

O Dr. Robert Fludd criou a teoria do macrocosmo, e foi muito agregada ao grupo Rosa-Cruz e Maçonaria. Basicamente, a teoria do macrocosmo é baseada em um princípio filosófico e nos princípios herméticos. Para Fludd, o sol é o centro espiritual de Deus(criação, força primordial criativa), e a Terra é o centro mecânico. Podemos colocar a referencia de nós com a natureza nesse caso, já que não estamos contextualizando os aspectos astronômicos físicos, e sim, a teoria do mesmo sobre a relação homem/criação/natureza.

O objetivo do estudo macrocósmico é entender o papel da nossa espiritualidade com relação ao princípio provedor da vida, que é a natureza e averiguar qual é o papel de Deus na criação. Pois, sem essa luz não haveria a existência, e nem a experiencia em viver.

“Deus” sempre esteve presente em toda a história da humanidade. Seja vários deuses ou apenas um, o Espírito e a força primordial criativa sempre participou e controlou nossas visões do mundo/ natureza, e sempre foi o que centralizou o pensamento humano.

“ O corpo do homem é um vaso que contém todas as coisas”

Fludd, Robert.

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Denise Maliska
Espaço livre do oculto

Escritora e poetisa. Escrevo, linhas, devaneios e tudo o que me resta. Sem mais descrições.