[Cobertura Inovação Elo Websummit Rio] Confira o que rolou nos dias 3 e 4

Duda Davidovic
Elo — Tecnologia e Inovação
5 min readMay 5, 2023
Fundadores da NFtickit, startup acelerada no programa Elo Conecta, no stand da Elo

Para você que está chegando aqui agora, confira a cobertura do primeiro e segundo dia do Websummit Rio realizado pelo time de inovação da Elo abaixo:

Confira o que rolou no primeiro dia.
Confira o que rolou no segundo dia.

Dia 3

O nosso terceiro dia de evento foi marcado pelo palco de Crypto que reforçou a importância sobre o tema em conversas com experts de mercado.

Embora o metaverso seja umassunto polêmico sobre a sua relevância prática e velocidade de implementação, o painel com os especialistas sobre o tema Bozena Rezab (CEO Gamee), Solo Ceesay (CEO Calaxy) e Sivina Moschini (Presidente na Unicoin), reforçaram a importância de conversar sobre esse movimento que fará parte do nosso futuro. Para eles, desafios como a interoperabilidade entre os mundos criados e até mesmo os diferentes metaversos em si vão ser sim um problema. Enquanto empresas de tecnologia criam seus óculos de VR e AR e constroem seus metaversos com propostas diferentes, as pontes que ligarão os usuários entre esses mundos (e que não existem hoje) trarão desafios. Fora isso, acreditam que além de estarmos passando por um momento ainda de amadurecimento da tecnologia, generative AI será um grande impulsionador para que as coisas sejam construídas mais rápido no metaverso.

Construir rápido a partir de inteligência artificial é algo que escutamos muito em papos que falavam de diferentes indústrias e casos de uso no Websummit. Os especialistas também nos lembram que esperamos no mercado de consumo uma geração que cresceu imersa em games e por isso terá muito mais curiosidade e adapatabilidade ao uso de novas tecnologias, fazendo que o metaverso talvez seja mais comum no seu dia a dia do que pensamos hoje.

Na sequência tivemos Kathleen Breitman, Co-fundadora da Tezos, falando sobre “Como vencer em crypto em 2023”. Para ela, atualmente, estamos super romantizando blockchain e tornando todas as discussões que envolvem essa tecnologia e a criptoeconomia complexas demais. Kathleen acredita que blockchain deverá ser uma tecnologia transparente no nosso dia a dia como hoje é um código de programação por trás de um email. Você não questiona sobre a programação que está por trás do seu operador de email, você só espera que seu email funcione, certo? Esse deveria ser o nosso objetivo sobre blockchain. Quando questionada sobre o que ler ou quem seguir para definir seus investimentos em cripto, ela reforça que os investidores precisam estar com a mente aberta, mas em formato de piada, comenta que nem tão aberta para que seus cérebros pulem pra fora. Sabemos que hoje existem muitos “experts” e especulações, além da própria volatilidade do mundo cripto. O melhor caminho é falar com as pessoas, participar de fóruns de discussão e criar sua própria perspectiva sobre o tema. A conclusão é que é necessário sim criar uma visão crítica sobre o tema.

No painel com José Artur Ribeiro, CEO da Coinnext, Sandra Ro, CEO da Global Blockchain Business Council, e Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, um assunto que geralmente é pesado, regulação cripto, foi levantado como oportunidade pelos players que enfrentam nos últimos meses acontecimentos dramáticos (Leia o caso de fraude da FTX). Eles acreditam que Brasil pode competir lado a lado com qualquer player mundial e que isso já está acontecendo. Um dos fatores é o papel do Banco Central do Brasil que vem sendo ativo na discussão do tema, mais recentemente aumento os esforços para conduzir o piloto do Real Digital. Os painelistas comentam sobre como prevenir casos como o do FTX aconteçam de novo. Para eles, o Brasil possui uma base de risk financial management muito forte. Ninguém viu chegando o que aconteceu com FTX , mas não foi uma grande surpresa para o mercado pelas condições e as bases pouco reguladas que o negócio foi criado. Falaram que o reforço de áreas como custódia e governança, segregação de assets, que são já preocupações que existem no movimento regulatório do Brasil, ajudariam a evitar fraudes como a que vimos.

Thomas Dohmke, CEO do Github, plataforma que permite que programadores contribuam em projetos privados e/ou Open Source de qualquer lugar do mundo, choca a platéia.
Ele acredita que todo desenvolver merece ser mais produtivo e AI irá possibilitar isso, amplificando a oportunidade dos devs serem criativos e aprenderem muito mais rápido. Com uma Demo ao vivo, ele apresenta um co-piloto de programação que vai construindo e revisando o código, além de ensinar conceitos básicos. O resultado é a criação do famoso “jogo da cobrinha” totalmente programado em 15 min.

Dia 4

Mas, para chegar em todas as inovações que falamos acima, sabemos da importância que de fundores e fundadoras de startups questiorem o status quo e colocarem de pé negócios que irão mudar o rumos de diferentes indústrias.

Em uma série de entrevistas e painéis no palco principal do Websummit, empreendedores e empreendedoras puderam falar um pouco dos desafios que enfrentam no quarto dia do Websummit Rio,

Dan Westgarth, COO da Deel, comenta sobre o movimento que vem sendo conhecido como “great resignation”, uma onda de demissões voluntárias que acontecem em vários países. Para ele, produzimos tantos dados sobre os nossos clientes para melhoria da sua experiência que esquecemos que os dados que sabemos dos nossos funcionários podem ser uma grande fonte de insights para melhoria do engajamento interno e diminuição da evasão de talentos.

No painel sobre “Como fazer um pitch perfeito”, tivemos Silvina Moshini, Presidente da Unicoin, Jader McConnell, CEO da Crunchbase, e Izabel Gallera, Partner na Canary, falando sobre o tema. Para Izabel, que possui no fundo Canary seu próprio algoritmo para avaliar startups em estágio seed, o principal critério de avaliação é sobre ambição e visão de longo prazo dos empreendedores que submetem seus negócios para serem avaliados.

O Pitch em si é sim uma parte importante mas é só uma fotografia. Mesmo que o empreendedor tenha (ou não carisma), uma apresentação de um deck de vendas é só uma peça importante de um quebra cabeça complexo de respostas que precisam ser dadas sobre modelo de negócios, operações, vendas, viabilidade do produto, etc.

Fundadores são bons CEOS? Essa foi a pergunta respondida por Thibaud Lecuyer, CEO da Loggi, Edith Harbaugh, Co-founder da LaunchDarkly, e Robson Privado, CGO da MadeiraMadeira. Todos líderes e co-fundadores das empresas que lideram comentam que é muito difícil no início da jornada de uma startup vc não ser o CEO (assim como outros papéis) dentro da empresa. Para algumas coisas como cultura, os founders podem ser ótimos líderes pois eles trazem a visão de onde querem chegar e da alma daquele negócio. O founder é aquele que tem a paixão pra conseguir fazer a coisa acontecer, que vai dar o sangue para aquilo dar certo. Para os 3, não dá para terceirizar isso.

Eduardo Paes, prefeito do Rio, finaliza o evento falando sobre smartcities e a importância de criar as condições de formação de mão de obra qualificada e diminuir carga tributária e burocracias, por exemplo. Para ele, dá para avançar em virar uma potência tecnológica enquanto resolvemos problemas mais básicos que as cidades ainda possuem. Isso conecta com a discussão de ambidestria organizacional, onde, nas nossas corporações, falamos sobre como inovar enquanto olhamos para a eficiência do core e operacional.

Com isso finalizamos um evento incrível, cheio de conexões e conteúdo sobre inovação.

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