Cultura de Experimentação: A importância de trazer essa prática para o dia a dia dos times dentro de uma organização

Juliana Radesca
Elo — Tecnologia e Inovação
3 min readMay 25, 2023

Conheça sobre a cultura de experimentação e onde encontrar métodos e ferramentas que podem ajudar a colocá-la no dia a dia da sua organização

Independente do segmento de atuação e do tamanho da empresa é evidente que existe um grande desafio no mercado: o mundo vem mudando e a inovação caminhando em passos cada vez mais largos. Acompanhar essas tendências e se preparar para o futuro não é mais uma opção e sim uma questão de sobrevivência.

O processo de inovação dentro de uma empresa envolve diferentes aspectos além da modernização constante de produtos e processos. Inovação precisa estar inserida, de forma orgânica, nos modelos de trabalho adotados e no dia a dia organizacional. O ideal é ter sempre a inquietude de querer ir além e uma das iniciativas que devem ser trabalhadas, é o estímulo à cultura de experimentação.

Promover um ambiente que fomente que os colaboradores saiam da inércia e se movimentem, pensando e agindo de forma ágil, flexível e com apetite ao erro, focada na obtenção de aprendizados é um passo importante para o aculturamento da experimentação dentro de uma companhia.

Além disso, atuar internamente para estimular a criatividade, incentivando o olhar analítico de todos aos problemas e/ou oportunidades reais do mercado, disponibilizando um ou mais métodos e ferramentas necessários para que os colaboradores saibam como endereçar a execução de testes experimentais e ao final, consigam medir o que foi feito, é indispensável para o negócio que quer ser cada vez mais competitivo.

Para implementar a cultura de experimentação, é importante levar em consideração que:

· Assumir riscos é inevitável. Não existe mais espaço para esperar o momento de certezas.

· Existem métodos de mercado que podem te auxiliar, entretanto, pode ser interessante e mais assertivo para o seu negócio adaptá-los, criando um modelo próprio aderente ao dia a dia da organização.

· Tão importante quanto definir um modelo e aplicá-lo é padronizar ciclos contínuos para ter cadência no processo como um todo.

· Valorize e enxergue o poder das perguntas. Durante o processo de experimentação, nada deve ser feito por fazer, é importante ter um perfil propositivo e saber mapear o(s) porque(s).

· Toda boa ideia é bem-vinda. Na hora de criar, não existe hierarquia e sim um encantamento geral pela ideia e a capacidade de testar.

· Diversidade de pensamentos e impacto na entrega são grandes alavancas.

Importante reforçar que o processo de experimentação fluido e consistente requer método e ferramentas. No livro The Lean Startup, a partir da experiência do autor Eric Ries como empreendedor e consultor, adicionada a referências da filosofia de Lean Manufacturing ganhou notoriedade o termo “Startup enxuta”. Em resumo, o livro traz um conjunto de conceitos, metodologias e processos que podem orientar as empresas a validar ou descartar hipóteses sobre seu produto ou mercado.

Para colocar a experimentação em prática, é necessário conhecer e estar preparado para utilizar as ferramentas disponíveis. Alguns exemplos de ferramentas relevantes, que valem a pena disseminar seu conceito, diferenciação, aplicabilidade e casos de uso dentro da organização são:

1. POC — Proof of Concept ou Prova de Conceito

2. MVP — Minimum Viable Product ou Produto Mínimo Viável

3. Projeto Piloto

O que vai diferenciar qual usar é a relação de tempo e investimento vs. o nível de confiança dos times sobre a solução a ser testada.

Os conceitos e ferramentas de inovação ligados a experimentação devem considerar também a abordagem dos 3 E’s da administração: Eficiência ; Eficácia e Efetividade.

A busca incessante para atingir melhores resultados pode vir através da realização de mais testes, melhorando o time to market e diminuindo o tempo de tomada de decisão. Alcançar esses objetivos, está diretamente relacionado a ter uma boa e consolidada cultura de experimentação sendo aplicada pelos times internamente.

No fim do dia, a provocação que deve permear é: “Será que como empresa, estamos sendo rápidos o suficiente? ”.

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