Evento 3F — Futuro, Florestas e Finanças reforça papel do mercado de tecnologia no futuro verde

Mariana Handfest
Elo — Tecnologia e Inovação
4 min readNov 1, 2023

Escrito por Mariana Handfest, Thaís Vasconcellos e Cleber Musselli

No último dia 26 de outubro o time de ASG (Ambiental, Social e Governança) da Elo participou do evento 3F — Futuro, Florestas e Finanças promovido pela Fenasbac em Brasília e pedimos para eles nos contarem tudo que rolou por lá.

O evento apresentou um panorama a partir de discussões entre especialistas do Banco Central do Brasil, Ministério da Fazenda, CVM e de empresas de setores diversos que trouxeram desafios, oportunidades e o que já vem sendo construído no Sistema Financeiro Nacional do ponto de vista da sustentabilidade e inovação. Foi apresentado um cenário onde é possível pensar no futuro, impulsionar as finanças e manter as florestas em pé.

Professores, empresários e servidores do Banco Central e outros órgãos federais estiveram presentes e reforçaram a necessidade de atenção maior da sociedade para as mudanças climáticas que vêm ocorrendo, aquecimento global, desmatamento, secas e chuvas intensas, além dos recentes desequilíbrios graves nos fenômenos da natureza. Questionaram sobre o nosso futuro comum, em um mesmo planeta e apresentaram os pilares de Meio Ambiente, Sociedade e Governança das Empresas, os 3 pilares de ASG, como direcionador e fonte de mudança, e a necessidade do olhar acurado de todos para esses temas.

Uma das questões apontadas foi de como engajar os investidores nesta agenda e para aqueles que já estão, de como divulgar as informações com transparência e relevância. Neste caminho, em muitas das discussões foi colocado a recente decisão da CVM que lançou a resolução que obriga a publicação de relatórios sustentáveis por companhias abertas a partir de 2026, e que já no próximo ano e em 2025 isso já aconteça de forma voluntária. Com isso, acredita-se que a partir desta divulgação, ajude os investidores a tomarem decisões alinhadas a critérios sustentáveis e principalmente relacionadas aos desafios de cada empresa.

Os presentes ressaltaram o papel protagonista da inovação, atuando como um impulsionador para a transformação das florestas, sistema financeiro e do impacto positivo na sociedade. A “Tokenizacão Verde” é um termo relacionado ao uso da tecnologia blockchain, tokenização e preservação do meio ambiente e foi bastante discutido na agenda. Nesse âmbito, podemos tokenizar bens naturais como energia, carbono, florestas, por exemplo, de forma transparente: garantindo assim a aplicação de políticas de sustentabilidade em todo seu ciclo — da produção ao consumo. A tokenização verde pode resolver desafios relacionados a: mudanças climáticas, uso do solo, perda da biodiversidade, greenwashing (termo utilizado para indicar divulgação incorreta de sustentabilidade por empresas e produtos), entre outros.

Além disso, também foi citada a possibilidade tokenizar dados de sustentabilidade já existentes na rede e encontrar maneiras de padronização, identificação, coleta, armazenagem, rastreabilidade e escalabilidade. Um dos exemplos citados, uma iniciativa em fase piloto na Amazônia que tem por objetivo desenvolver instrumentos financeiros para fomento de cooperativas criadas em comunidades, e desta maneira torná-las mais fortes e autônomas por meio do uso de tokens de seus produtos, o que poderia ser uma forma de diversificar as receitas. Essa iniciativa poderia gerar benefícios ambientais, econômicos e principalmente sociais, impactando positivamente a vida das pessoas daquela região.

Em um cenário global repleto de desafios na esfera da sustentabilidade do planeta estas discussões se fazem necessárias principalmente quando em um mesmo ambiente participam representantes dos órgãos reguladores, governo e empresas. Além disso, trazer a inovação para esta conversa só tende a acelerar novas descobertas e validações que contribuam com o desenvolvimento sustentável. Esta integração fará com que o Brasil seja um dos grandes protagonistas do mundo na agenda de sustentabilidade, e o sistema financeira nacional pode ser o principal indutor nesta jornada.

Como citado no evento: “o futuro do mundo é verde e digital, sim, mas com cada vez mais inclusão financeira, equidade e transparência.”. Para isso é necessária uma atuação integrada, das empresas para entender o mercado e avaliar as possibilidades e os riscos, agindo de modo transparente e gerando confiança. Nós da Elo estamos acompanhando de perto as evoluções no âmbito de ASG e na tecnologia, garantindo o conhecimento e estudo de tendências mundiais para continuar oferecendo produtos ideias para o cidadão e a sociedade brasileira.

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