Escrever para quem?

Muitas vezes, ao começar um novo documento, eu não penso em quem vai ler o que estou escrevendo, eu simplesmente começo a escrever e vejo onde isso vai me levar. Alguns estudiosos da escrita podem dizer que eu deveria parar, traçar um roteiro do que está sendo feito, onde eu quero chegar, qual vai ser meu interlocutor e, com base nessas informações, entender como o relato deve ser feito. No entanto, muitas vezes, não há quem ler. Por isso, hoje, ao olhar novamente as postagens feitas aqui, por ora, me veio o pensamento: escrever para quem?

Tenho um poema sobre isso, sobre qual o motivo que me leva a escrever. A realidade é que a escrita nos faz colocar em palavras, no meio físico (ou virtual, neste caso), o que está, por enquanto, só na nossa mente e, muitas vezes, com tantos pensamentos na nossa mente, vozes que degladeiam-se e sugestões até que razoáveis sobre os próximos passos a se tomar, os pensamentos podem ficar perdidos. Assim, escrever pode ser entendido como uma válvula de escape e uma forma de dar um esvaziada na mente. Por algum motivo, estou pensando em uma descarga.

Volte a pergunta do início, então: escrever para quem?

Em suma, escrever para ninguém: escrever para mim mesmo.