Análise de concorrência: 4 passos para levantar informações

Um empreendedor que faz análise de concorrência evita competições desleais e encontra oportunidades. Conheça maneiras práticas de começar.

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4 min readOct 31, 2019

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Qualquer mercado, por mais específico que seja, tem seus concorrentes. Mas isso não necessariamente é uma coisa negativa: a análise de concorrência pode trazer informações sobre espaços a explorar. Ou até mesmo dar uma valiosa lição sobre a disputa em que o seu negócio está inserido.

Além do já conhecido benchmark, há diversas outras formas de estudar os empreendimentos que se relacionam com o seu produto ou serviço de alguma forma. Isso vai desde uma “stalkeada” nas redes sociais do concorrente até uma estratégia mais analítica.

Mesmo quem já chegou a fases mais avançadas na construção de um negócio pode refazer a análise. Não sabe por onde começar? Então conheça 4 passos que o(a) ajudarão a levantar informações e usá-las a seu favor.

Passo 1: comece a análise de concorrência pelo básico

Parece óbvio, mas nunca é demais avisar: o primeiro passo para fazer uma boa análise de concorrência é descobrir quem é de fato sua concorrência. À primeira vista, parece óbvio ser o bar próximo ao seu o concorrente “perigoso”. Mas, se houver um supermercado no bairro que faz promoção de petiscos e bebidas aos fins de semana, as vendas dele podem afetar as suas.

Os seus principais concorrentes são aqueles que oferecem produtos e serviços muito parecidos aos seus. Se eles atendem às mesmas necessidades dos consumidores, então disputam espaço com você. Por outro lado, há também aqueles outros que se relacionam com o seu público-alvo de forma indireta, como é o caso do supermercado que citamos acima.

Passo 2: saiba como e onde pesquisar

Se você já tiver descoberto quais são os outros negócios que fazem parte do seu mercado, é hora de partir para a pesquisa. Não se esqueça de que o consumidor é uma fonte importante de informações, afinal a decisão é dele.

Estas são as melhores opções de pesquisa para análise de concorrência:

  • Pesquisa com o consumidor: se quiser conhecer seu público, pergunte a ele. Descubra quais são as marcas favoritas, onde eles compram, se estão satisfeitos, quais são os defeitos e qualidades de cada produto etc.
  • Google: um levantamento apontou que 75% das pessoas pesquisam antes de comprar. Faça buscas sobre seus concorrentes e veja quais são os atrativos deles para os consumidores. Avalie as palavras-chave usadas por eles e considere trabalhar melhor o SEO do seu negócio, caso esteja em desvantagem.
  • Sites e redes sociais: também é importante ver o que seu concorrente tem a dizer sobre ele mesmo. Observe a linguagem, as cores, a frequência de postagem e o engajamento. Também veja se há avaliações negativas e positivas.
  • Use ferramentas: o Google Form talvez seja a maneira mais eficaz de pedir ao seu público que responda a algumas perguntas. Mas há outras opções pagas e bastante interessantes que já fazem uma compilação de dados.

Passo 3: o que é mais importante analisar na concorrência?

Tudo bem, você já conseguiu coletar um monte de dados sobre os empreendimentos que entram no seu gráfico de concorrência. O que é preciso priorizar? Como organizar o material que você conseguiu? Há quatro itens mais relevantes:

  • Produtos: sabe nosso exemplo do bar, que mencionamos no passo 1? A análise do produto propõe uma reflexão sobre as opções oferecidas ao consumidor que podem ser atrativas. Isso é muito importante para conhecer novidades e até mesmo mensurar se você tem o suficiente para disputar com o concorrente.
  • Preços e vantagens: são talvez os mais decisivos na hora da compra. Você deve conhecer o mercado para saber se posicionar, fazer ofertas e até mesmo entender a hora de trocar de fornecedor.
  • Consumidor: você já fez a pesquisa de mercado, certo? Então é hora de entender que tipo de consumidor prefere cada tipo de produto. Leve em conta fatores subjetivos, como opiniões, estilo de vida e sonhos.
  • Público-alvo: no caso de segmentações diferentes, não importa se há um concorrente com um produto praticamente igual ao seu. Por exemplo, se você vender pão de queijo caseiro, o seu produto sairá na frente em Minas Gerais em relação a gigantes do mercado. Faça um estudo do público-alvo de cada um dos negócios que você levantou.

Passo 4: Você vs. seus concorrentes

Alguns empreendedores tendem a ficar “obcecados” pela análise de concorrência e se esquecem de manter o foco no próprio negócio. Você está vendendo os seus produtos, então precisa entender a sua relevância para o mercado.

Uma ferramenta muito eficaz e provavelmente a mais usada é a Matriz SWOT. Em português, a sigla também é chamada de FOFA — e reúne quatro aspectos: forças, oportunidades, fraquezas e ameaças.

Para construir sua própria matriz, você deve pensar em cada elemento separadamente. A força simboliza seus elementos e suas características que levam vantagem sobre a concorrência. A fraqueza é justamente o contrário. Um exemplo: um hotel à beira-mar é melhor que outro que fica no centro da cidade.

Já as oportunidades são geradas por fatores externos sobre os quais o seu negócio não tem controle. Por exemplo, uma pousada na Serra Gaúcha aumenta sua clientela quando neva na região, pois o restante do país não tem esse fenômeno da natureza.

Por sua vez, as ameaças provocam justamente o efeito contrário. É o caso de um empreendimento em uma avenida onde há um rio. Nas épocas de chuva intensa, tudo alaga, e os clientes não conseguem chegar.

Em resumo

Olhar para o mercado é essencial para que você consiga encontrar oportunidades. A análise de concorrência pode ser feita em diferentes momentos da empresa e de maneiras variadas. Lembre-se de que os dados são para efeito de comparação, mas você deve sempre pensar em si e trabalhar em modelos como a Matriz SWOT para crescer.

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