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Saiba tudo sobre Benchmarking: conceito, práticas e importância

Parte importante do processo de Inteligência de Mercado, o Benchmarking pode elevar sua competitividade. Mas o que significa esse termo? Tire sua dúvida!

eMotion Studios
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4 min readSep 3, 2019

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Quem empreende sabe que estudar não é uma tarefa restrita aos universitários. O estudo é prática constante no ambiente empresarial, principalmente em cenários dinâmicos e competitivos. Nesse processo, o benchmarking se torna um grande companheiro dos que têm uma empresa em seu nome.

Não se engane: a prática, outrora malvista pelos agentes do mercado, hoje é cada vez mais utilizada e, se bem realizada, pode alavancar o crescimento de uma empresa.

O que é Benchmarking?

Benchmarking nada mais é do que uma pesquisa aprofundada na qual são levantados processos, práticas, produtos e metodologias de organizações referência, também chamadas de “benchmarks”. Dentro desse processo, procura-se identificar as peculiaridades dos concorrentes que geram resultados otimizados — para, posteriormente, ajustar e melhorar as atividades desenvolvidas pela própria empresa.

Parte importante do processo de Inteligência de Mercado, o Benchmarking pode elevar sua competitividade — deixando de ser (ao contrário do que muitas pessoas pensam) uma simples cópia dos seus competidores para se tornar uma profunda análise/estudo das ações realizadas por players tidos como referência. A partir disso, busca-se incorporar e adaptar as melhores práticas dos concorrentes no dia a dia do seu negócio.

O benchmarking nas startups

As empresas de tecnologia seguem à risca o processo de benchmarking. Isso porque a falta de recursos muitas vezes não permite que uma startup se dê o luxo de manter processos ou práticas que não sejam otimizados, e, por isso, é melhor aprender com quem já sabe. Consequentemente, a todo momento surgem diversas novas startups que conseguem destaque, pois, apesar de não serem pioneiras em sua solução, dominam o modo de executá-la.

Um exemplo clássico é a Uber, empresa que, mesmo com o pioneirismo, sofre com a concorrência pelo mundo. No Brasil, sua concorrente principal é a 99Pop, startup brasileira já intitulada como unicórnio (empresas avaliadas em mais de 1 bilhão). Tal protagonismo pode ser creditado à apropriação e adaptação das características — como o modelo de negócios e os recursos tecnológicos da aplicação — de empresas que já estavam no mercado.

Em síntese, são vários os parâmetros que podem ser usados como insumo para melhorar os processos internos de uma organização — o processo de benchmarking não se limita às empresas, mas a toda organização que visa à melhoria do que já vêm sendo feito em sua estrutura.

A mudança buscada pode ser identificada em um modelo de negócio, uma ferramenta usada para melhorar a produtividade, uma nova máquina mais produtiva, uma nova metodologia e qualquer outro fator usado para gerar valor ao cliente final.

Benchmarking em 5 passos

  1. Primeiramente, selecione até 3 concorrentes para analisar. Se achar que existe alguma empresa de outro segmento que desempenha muito bem alguma atividade que pode ser aproveitada pela sua empresa, fique à vontade para adicioná-la também;
  2. Defina seus critérios de estudo, ou seja, o que você quer melhorar no seu processo — por exemplo, melhorar a taxa de conversão da equipe de vendas. Lembre-se de pensar previamente em métricas para avaliar os dados encontrados;
  3. Busque dados, faça pesquisas e obtenha informações necessárias para identificar as práticas dos seus concorrentes e conhecer em quais aspectos elas se diferenciam das suas — no exemplo do passo anterior, uma das métricas que tem impacto sobre suas conversões e que pode ser observada é o discurso usado pela equipe de vendas;
  4. Compare as informações obtidas com aquilo que é visto na sua organização. Fique atento às especificações de cada negócio;
  5. Após comparar, veja o que de fato pode ser incorporado, mas sem deixar de lado a identidade da sua empresa. Adaptar é o certo a se fazer; duas organizações dificilmente utilizarão as mesmas práticas. Embora estejam em um mesmo ecossistema, cada uma tem sua realidade — e isso fará diferença na hora de aplicar qualquer ação.

Prós e contras do benchmarking

A prática do benchmarking pelas empresas pode ter um grande valor atribuído, pois por meio dela é possível:

  • Melhorar os processos e as práticas e tornar-se mais eficiente;
  • Conhecer melhor seu mercado;
  • Motivar sua equipe por meio de resultados já alcançados por outras organizações;
  • Reduzir custos, aumentar a produtividade e obter maiores lucros.

Na contramão, alguns alertas são necessários para a boa prática:

  • Não introduzir de forma idêntica os processos observados no mercado, pois isso pode gerar uma perda de identidade (tendo em vista a especificidade de cada organização);
  • Definir critérios e métricas compatíveis entre a empresa e os benchmark — uma comparação com parâmetros distintos pode gerar insumos distorcidos para o processo de análise;
  • A identificação de práticas processos já feitos pela empresa pode acontecer de forma limitada se realizada por pessoas de dentro da empresa.

Direto ao ponto!

O que faz do benchmarking um poderoso aliado do empreendedor é sua possibilidade de encontrar novas maneiras de seguir o que já está sendo feito ou gerar insights para criar novas possibilidades. Conhecer o que existe de melhor por aí é extremamente importante para não ficar para trás.

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