Como a Empiricus alcançou 1 bilhão de reais em vendas com Tecnologia e Copywriting
Quando eu recebi o convite para escrever sobre copywriting para o blog de tecnologia da Empiricus, confesso que fiquei algumas horas pensando em como falar sobre dois temas, que parecem tão distintos, em um mesmo lugar.
Existem registros de técnicas de copywriting há mais de 120 anos, bem antes de qualquer espécie de software existir.
E muito antes dos gurus de tecnologia serem o assunto principal dos jornais, grandes escritores de copywriting já revolucionavam e transformavam o patamar de vendas de várias empresas.
Se cabe a comparação, copywriting seria o lado criativo do cérebro, e a tecnologia, o lado racional. Mas no fim das contas, eles têm uma principal similaridade: a transformação.
Ambos são capazes de transformar um negócio, um produto ou um serviço. A prova viva é a própria Empiricus, que em seus 11 anos de vida, pôde obter resultados inéditos no Brasil.
Antes de continuar, vou usar um trecho do livro do Roberto Altenhofen, CMO da Empiricus, no qual ele fez uma coletânea de cartas de clássicas. Lá no início do livro tem a melhor definição que eu conheço sobre o que é copywriting. Dá uma olhada:
1 bilhão de reais em vendas de infoprodutos é o resultado desta mistura de copywriting e tech.
Falando dessa forma, até parece fácil.
Você tem a sua grande ideia para um copy, tem um site pronto para vender seu produto.
Parece tudo no esquema.
Mas eis que um belo dia um influencer com milhões de seguidores cita o seu site.
Perfeito!
É o dia que você vai receber uma avalanche de tráfego.
Mas algo acontece.
Seu site cai.
Fica fora do ar.
Nós também passamos por isso
Eu entrei na Empiricus em 2016, e nessa época eu não entendia nada sobre venda de infoprodutos, marketing digital ou copywriting.
A Empiricus estava passando por um momento importante de transição e o crescimento da empresa estava muito acelerado.
Os grandes potencializadores deste crescimento eram: copywriting e tecnologia.
A Empiricus tinha (e ainda tem!) a maior equipe de copywriters do Brasil, e era uma das poucas empresas do setor que tinha o seu próprio e-commerce.
Esta combinação contribuiu muito para que a Empiricus se tornasse o que é hoje.
Mas nem tudo eram flores.
Sempre que uma nova grande campanha de marketing era anunciada internamente, já dava um frio na espinha.
Será que o servidor vai aguentar?
E se cair?
Um simples e-mail para a nossa base e boom, nosso tráfego aumentava 5 ou 6 vezes de tamanho.
A estabilidade da nossa infraestrutura era primordial para que uma campanha tivesse bons resultados.
De nada adiantava um copy explosivo, no timing certo, se o site não ia aguentar a bronca.
Se o sistema estava sempre no ar, com boa velocidade de resposta, isso se refletia diretamente na quantidade das vendas e na satisfação dos assinantes.
Claro que nem sempre foi assim.
A minha primeira queda
A primeira vez que vi um site ficar fora do ar foi na Empiricus.
Não por um erro técnico, mas por uma quantidade avassaladora de acessos.
Foi necessário aprender rápido que o nosso marketing e copywriting eram "Ferraris", e que era papel da tecnologia suportá-los com tranquilidade.
Como resolvemos isso
Em sua essência, a Empiricus não era uma empresa de tecnologia. Na verdade, ela se tornou uma empresa de tecnologia.
A Empiricus foi criada pelo Rodolfo Amstalden, Caio Mesquita e Felipe Miranda e era (e ainda é) uma casa de análise de investimentos.
A experiência dos nossos profissionais, somada a maturidade da empresa, foram cruciais para chegarmos onde estamos hoje.
Segue então o que fizemos.
Descentralizamos tudo
Lá no começo os nossos sistemas estavam todos em um lugar só. Isso significava que, se um sistema parava de funcionar, tudo parava de funcionar ao mesmo tempo. Se alguma coisa não estava otimizada, tudo perdia força também.
Pensa em uma tomada, com várias coisas ligadas. Ela pode até funcionar, mas no fundo, você sabe que cedo ou tarde pode azedar.
A primeira etapa para garantir a estabilidade dos sistemas, foi a descentralização de cada parte.
Era como se estivéssemos aumentando o número de tomadas em casa. Tomadas maiores, mais seguras e melhores distribuídas.
Deixando tudo em seu devido lugar, sem os tão conhecidos “puxadinhos”.
E é aí que entra a segunda parte.
Delegamos responsabilidades
Uma vez com a estrutura separada, com cada sistema em seu devido lugar, foi possível definir com mais clareza e delegar as responsabilidades.
Pode não parecer, mas um software, um site ou um sistema, nada mais é que uma série de códigos executando ações e tomando decisões baseadas no que o desenvolvedor definiu em sua estrutura.
Com isso em mente, fica mais fácil dizer qual é o papel da estrutura A ou da estrutura B.
É a mesma coisa no conceito de um trabalho feito por um humano.
Se você começa a dar muitas responsabilidades e tarefas para apenas uma pessoa, cedo ou tarde ela vai se sobrecarregar e parar de performar bem. E em alguns casos vai parar completamente.
O mesmo se aplica à tecnologia. Não dá para deixar que apenas uma parte do seu sistema faça tudo sozinho.
O que você pode fazer
Se você tem um produto ou serviço disponível na internet, cedo ou tarde você poderá receber um aumento repentino de acessos, ou simplesmente o seu produto pode ser acessado por tanta gente, que ele não pode ficar 1 minuto sequer fora do ar. Por isso, evite:
- Plugins ou sistemas piratas: usando como exemplo o Wordpress, ele lidera o ranking de sistemas utilizados atualmente pela praticidade na instalação, mas a quantidade de plugins e temas piratas disponíveis por aí podem custar caro no fim das contas. O mesmo vale para qualquer outro tipo de software, dê preferência para a compra de licenças originais e oficiais. Melhor ainda se puder fazer em casa, o futuro do seu produto vai agradecer.
- Deixar tudo em um só lugar: foque em ter uma estrutura com responsabilidades claras e bem definidas. Garanta que seu banco de dados e seus servidores estejam no lugar certo. Isso vai garantir que você saiba onde olhar quando algum problema acontecer.
- Alterações sem planejamento: invista em ambientes de testes, validação e homologação. Evite alterações diretamente no mesmo lugar que os seus usuários utilizarão seus produtos.
- Informação centralizada: treine a sua equipe técnica para que todos possam falar a mesma língua e tenham conhecimento suficiente da sua estrutura para que seja possível atuar independente de mudanças de escala.
Bônus: Segurança da Informação
É importante ter uma área dedicada para segurança de informação.
Lembre-se: seus leads são o maior valor da sua empresa. De nada adianta você ter o melhor produto, o melhor serviço, se os dados dos seus clientes não estão seguros.
Garanta que novos desenvolvimentos e sistemas do seu projeto estão operando com uma boa governança e proteção dos dados.
Assim como você não sai de casa sem trancar todas as portas e janelas, o mesmo se aplica para o seu produto ou serviço.
Aqui o velho ditado “prevenir é melhor do que remediar” se aplica com o máximo de força.
Inclusive, recomendo que você leia o nosso artigo sobre segurança da informação, escrito pelo Leandro Câmara, head de infosec aqui na Empiricus.
Resumindo tudo
Hoje a Empiricus se orgulha de ter 380 mil assinantes e mais de 2.7 milhões de usuários em suas plataformas. Seja usando o nosso site, app no iPhone ou app no Android. Ou até mesmo na skill da Alexa.
Além de todos os pilares, copywriting e tecnologia seguem firmes tendo um papel essencial no crescimento da empresa.
Em um universo cada vez mais tecnológico, as empresas que conseguirem harmonizar todas as pontas que sustentam o crescimento estarão muito à frente de seus concorrentes.
Ah, se você gostou deste artigo, nós temos vários outros conteúdos sobre tecnologia no Empiricus Tech.
Inclusive, sempre estamos procurando novos talentos para se unir em nosso time que está sempre em constante e exponencial crescimento, dá uma olhada nas vagas.
