Eleições e empoderamento LGBT: Drica Colorida (RJ)

Danilo Motta
Empoderamento LGBT
Published in
2 min readSep 7, 2018

Agora, nossa entrevistada é a Drica Colorida, candidata a deputada federal pelo PMB no Rio de Janeiro. Seu número nas urnas é 3556. Conheça a candidata:

Por que você quer ser deputada federal?

Porque em Brasília temos a possibilidade de criar ou votar em leis que realmente possam amparar a população LGBT+ e outros segmentos que abranjam a população como um todo. A população LGBT não tem representação expressiva no congresso, é preciso reverter esse quadro, pois hoje vivemos uma de onda de conservadorismo e retrocesso que atrapalham a conquista de direitos e progresso do país.

Como avalia a importância de candidaturas LGBT?

Esse ano estamos com mais candidatos assumidamente LGBTs pelo Brasil, já é um bom passo, mas ainda precisamos de mais pessoas dispostas e comprometidas com nossa causa. Visto que somos uma parcela da sociedade que precisa de amparo, proteção e leis específicas. Costumo dizer que somos uma geração histórica, pois colocamos a cara no sol, pra mostrar para o mundo que o armário não é nosso lugar e pra lá não voltaremos.

Quais projetos devem ser priorizados em um eventual mandato?

O primeiro deles é a criminalização da homofobia, urgente, pra ontem… A bancada religiosa arquivou o PLC 122, e os outros projetos em trâmite eles dificultam o quanto podem. Então estaremos lá pra lutar de fato por nossos direitos. O casamento civil, até então não é lei propriamente dita, e sim um entendimento do CNJ, precisamos aprovar essa lei e garantir os direitos das famílias homoafetivas. Precisamos de medidas que garantam a empregabilidade da população LGBT+ sem que a discriminação e preconceito influenciem no processo seletivo. Meu mandato será priorizado para os direitos LGBT+ e as causas de minorias.

Quais os desafios para LGBTs no Rio de Janeiro?

No Estado do Rio de Janeiro já tivemos alguns avanços nas questões LGBTs, já temos no Estado e no município do Rio de Janeiro leis que combatem a discriminação e órgãos específicos, o Rio Sem Homofobia (Estadual) e a Ceds Rio (Municipal), mas precisamos de mais avanços, e medidas em todos os municípios do Estado.

Por que a escolha pelo PMB?

Decidi iniciar minha carreira política em um partido que estivesse fora dos escândalos que vemos atualmente. O PMB é um partido novo, que disputa as primeiras eleições para deputados, e trás em si a luta pelos direitos das mulheres. Sua fundadora é uma mulher negra, militante de origem pobre. No partido encontrei espaço para a defesa dos direitos LGBT e das causas de Diversidade como um todo.

--

--