dualidade poética — dia 3
Barulho
Na minha cabeça a reiteração de pensamentos;
Eu vejo a alma de seres violentos,
Em nomes que eu não lembro mais;
As falas dos barulhos viscerais.
Os sons incessáveis;
Que amedrontam as almas ínfimas,
Por causa dos seus atos execráveis!
O barulho me atormenta;
O grito da lamúria,
Da minha tormenta.
A sua voz ecoa pelo ar, como uma memória boa e má. Os seus lábios diziam que me amava e eu sempre acreditava, hoje eles fazem parte de um indício da minha esquizofrenia.
Hoje apenas o paradoxal;
que é anormal,
contraditória;
que é a minha trajetória
e antitética;
que é motivo da minha poética.
por: Laikor Lars
Silêncio
o tormento que é o anoitecer
madrugada silenciosa
penso tanto, em tudo
que esqueço o silêncio
minha cabeça está o tempo todo
dialogando
consigo mesma
e eu já não sei mais o que é tranquilidade
ainda há calma dentro de mim?
ainda há espaço pro meu eu descansar?
tudo vibra tão alto
e meu ponto de paz se vai
por: Leandra Diamor