dualidade poética — dia 4
Luz
as capitais estão cheias de nós
nós nas ruas
nós nos trens
nós nos bares
nós nas pontes
e a luz que ilumina a noite
foi fogo em nosso coração
por um tempo
a cidade é tão bonita
as lembranças ainda permanecem
como fantasmas
e nada nunca apaga
porque a luz que ardeu em mim
era tão forte
que foi capaz de iluminar eternamente
capitais de nosso país
interior que nos acompanha
cada lugar tem um pedacinho da gente
cada lâmpada guarda lembranças
você ainda se lembra?
por: Leandra Diamor
Escuridão
Você é a escuridão do meu coração,
O abismo profundo das fendas abissais,
O buraco negro de minhas estrelas.
Tu usaste de minha alegria,
Deturpaste dos meus olhos,
Aqueles que cintilavam
Com a vontade de saber,
Mas hoje só brilham
Por meio das lágrimas
Você cessou os meus batimentos,
Fechou as fossas marítimas,
Apagou minhas estrelas.
Tu sabes como é viver em agonia?
por: Laikor Lars