“Ser açoriano é ser filho do mar, é crescer e aprender com aquilo que a natureza tem para nos ensinar.”

JAUPA
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2 min readFeb 23, 2017

A perspectiva de Duarte Silveira, o estudante de Gestão que mantém a ligação com São Jorge — a ilha das fajãs.

Ser açoriano é algo que me faz sentir único. É algo intangível e de difícil descrição do que realmente sentimos. Ser açoriano é ser filho do mar, é crescer e aprender com aquilo que a natureza tem para nos ensinar. No meio das nove ilhas deste característico arquipélago, há uma que eu chamo frequentemente minha, mas que, na verdade, não pertence a ninguém. A ilha de São Jorge.

São Jorge, a terra das fajãs, de beleza sublime, que nos delicia a cada recanto seu. Deixa-me frequentemente parado a contemplar a privilegiada vista para as quatro ilhas do grupo central, em particular, para o Pico e Faial, acessível todos os dias ao acordar.

São Jorge — fotografia tirada pelo Duarte Silveira

Rodeado pela beleza da natureza, o que mais me encanta é, sem dúvida, a paz e tranquilidade que se vive, apenas interrompida pelo rebentar das ondas do mar e pelo canto das aves.

Pequeno em tamanho, mas grande em emoção dos que partiram rumo a uma vida melhor ou para se instruir enquanto cidadãos e profissionais. Sair nunca é fácil. Já voltar, volto de bom grado. É com um incessante sorriso nos lábios que dou a típica “volta à ilha” cada vez que regresso e, num abrir e fechar de olhos, chegou, novamente, o dia de partir.

Felizmente, parti para uma cidade rica em história e emoção. A cidade dos estudantes, a cidade de Coimbra. Coimbra recebeu-me de braços abertos, e, a cada dia que passa, contribui um pouco mais para o meu desenvolvimento pessoal e profissional. Sentindo mais próximo o termo do meu percurso académico, começam a surgir questões, às quais ainda não consigo responder. A noção de “depois”, o que farei no futuro, é algo cada vez mais frequente no meu pensamento. Voltarei para São Jorge? Por um lado, ambiciono conhecer mais, conhecer outros “mundos” para além do meu, conviver com outras culturas, dar a volta ao mundo se tiver oportunidade tal. Por outro, é como se a “minha ilha” chamasse por mim e a verdade é que tenho vontade de voltar.

Duarte Silveira

Presidente da Júnior Empresa de Estudantes da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (JEEFEUC)

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