Mostra Cinema Negro: Re-costuras e afetos
Programação completa
Durante o mês de novembro, o espaço do Galpão Cine Horto (rua Pitangui, 3613, Horto, Belo Horizonte) receberá a mostra gratuita “Cinema Negro: re-costuras e afetos”, curada e organizada pelo projeto Enquadro.
O evento, realizado em todas as segundas-feiras do mês da consciência negra, integra a programação do projeto Segunda Tem Cinema e está associada ao Festival de Arte Negra (FAN), um dos maiores do gênero no Brasil.
As sessões começarão às 19h e serão comentadas por pesquisadores do cinema negro e por cineastas e atores dos próprios filmes em exibição.
Acesse a programação completa abaixo:
Sessões “Re-costuras”
- 04/11:
Pitanga (2016), de Camila Pitanga e Beto Brant — 113’
Com direção de Beto Brant e Camila Pitanga, PITANGA é um filme-documentário de longa-metragem que investiga o percurso estético, político e existencial do ator Antonio Pitanga que, dirigido por grandes cineastas — como Glauber Rocha, Cacá Diegues e Walter Lima Jr. –, foi destaque em alguns dos momentos de maior inquietação artística do cinema brasileiro.
Sessão com comentários de Amanda Lira e Gabriel Araújo, jornalistas e fundadores do projeto Enquadro.
- 11/11:
Travessia (2017), de Safira Moreira — 5’
Utilizando uma linguagem poética, Travessia parte da busca pela memória fotográfica das famílias negras e assume uma postura crítica e afirmativa diante da quase ausência e da estigmatização da representação do negro.
Favela em Diáspora (2017), de Gabriela Matos — 22’
Em meio a uma desapropriação o que fica? Memórias, de um povo que está à margem do asfalto. Moradores do Morro do Papagaio relatam através de suas vivências como o processo de migração compulsória realizado por um projeto da prefeitura, provoca uma ruptura em suas histórias.
Noir Blue (2017), de Ana Pi — 27’
No continente africano, Ana Pi se reconecta às suas origens através do gesto coreográfico, engajando-se num experimento espaço-temporal que une o movimento tradicional ao contemporâneo. Em uma dança de fertilidade e de cura, a pele negra sob o véu azul se integra ao espaço, reencenando formas e cores que evocam a ancestralidade, o pertencimento, a resistência e o sentimento de liberdade. (Siomara Faria)
NEGRUM3 (2019), de Diego Paulino — 22’
Entre melanina e planetas longínquos, NEGRUM3 propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo. Um ensaio sobre negritude, viadagem e aspirações espaciais dos filhos da diáspora.
Sessão com comentários de Tatiana Carvalho Costa, professora do curso de cinema e audiovisual da UNA e Gabriela Matos, diretora do filme “Favela em Diáspora”. Mediação: Gabriel Araújo
Sessões “Afetos”
- 18/11:
Café com canela (2017), de Glenda Nicácio e Ary Rosa — 102’
Violeta e Margarida, nomes que não se referem apenas a flores, mas revelam duas mulheres comuns, dessas que encontramos pelas ruas do Recôncavo em bicicletas, em quartos, lidando com as adversidades do dia a dia ou com as amarguras do passado, com reencontros e transformações. Margarida vive em São Félix, isolada pela dor da perda do filho. Violeta segue a vida em Cachoeira, entre adversidades do dia a dia e traumas do passado. Quando Violeta reencontra Margarida, inicia-se um processo de transformação, marcado por visitas, faxinas e cafés com canela, capazes de despertar novos amigos e antigos amores.
Sessão com comentários de Fábio Rodrigues Filho, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFMG. Mediação: Amanda Lira e Gabriel Araújo
- 25/11:
Sem asas (2019), de Renata Martins — 19’
Zu é um garoto negro de 12 anos. Ele vai à mercearia comprar farinha de trigo para a sua mãe e, na volta, descobre que pode voar.
Sophia (2013), de Kennel Rógis — 14’
Na busca por entender melhor o universo de Sophia, Joana, mãe dedicada, passa por belíssimas experiências sensoriais.
Looping (2019), de Maick Hannder — 11’
Vi um garoto atravessando a rua hoje.
Quintal (2015), de André Novais Oliveira — 20’
Mais um dia na vida de um casal de idosos da periferia.
*Sessão com comentários de Norberto Novais Oliveira, protagonista do filme “Quintal”, e Arthur Arantes, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFMG. Mediação: Amanda Lira