Às vezes discuto comigo
Mas não sei qual das partes é a verdadeira
eu não sou
a luz solitária que pisca trêmula na casa
na cor da melancolia
ou a sombra do pedaço estreito de nuvem
que você deixou no céu
só para alguém ver um dia
não tenho esses olhos animais, perfuradores
ou essa explosão de desejo
eu não sou seu refém
não sou sua armadura
muito menos seu mártir,
seu torturador, seu coselheiro…
não sei desse sangue de ouro
nem tenho a calamidade brilhante entre os dedos
ou dentro da garganta
não sou ninguém
nunca estive lá ou aqui
nunca brinquei de comandar,
nem de seguir
só quero deixar
quero queimar
preciso andar,
preciso ir
Gostou do texto? Confere também meu trabalho na música! Deixei abaixo meu primeiro videoclipe :)