Eu, espantalho

Luma Princess Schneider
Ensaios sobre a loucura
2 min readAug 11, 2016

(Imagem Victor Bauer)

Parado como um espantalho
só conseguia observar o movimento sem ser notado
palavras reluziam em minha mente, frases se formavam e nada podia fazer em relação à minha boca
costurada como uma boneca de pano remendado
de onde não se poderiam imaginar belas palavras, ou movimentos

esquecidas
no meio do mundo, com tantas pessoas, sentia-me…
solidão acompanha aqueles que são levados a notar a imensidão desértica de uma plantação
plantam discórdia
uns amor
outros terror

pavor de lidar com aquele momento
quis gritar, mostrar, ser notado
mas as pessoas passavam por mim como quem passa por uma igreja admiravam, sem interesse de entrar e conhecer
talvez por que esta estática traga do desconhecido o calafrio
talvez por que nada notam além de seu próprio reflexo

eu, espantalho, não luto contra o tempo
deixo que a chuva lave minh’alma e que o calor esquente meu coração

as palavras… de que servem se não se consegue notar o coração?!

Consegui me livrar dos pontos e dos espaços indesejáveis! — Desculpem-me esses pontos, mas eu não sei editar meus textos aqui e as vezes( na maioria delas) não gosto desses espaços que ficam entre as frases da mesma estrofe. Se alguém tiver alguma luz sobre edição nessa plataforma, agradeço!

Beijos de Luz

Namasté

--

--