Imediatismo lírico
Não espere por desculpas
Pelo mal jeito de dizer
Minhas palavras podem ser cruas
Mas muito querem ser
Não espere por obrigado
Eu não tenho porque dizer
Essas rimas sempre foram minhas
E o mundo do contrario quer me convencer
Não espere por humildade
Eu não tenho porque ser
Eu abdico de competitividade
Nunca me coloquei como melhor
Sendo assim não sei porque
Me intitular como pior
Escrevo o que sou
Realidade bruta que me restou
Sem enfeites e alegorias
Exercício diário sobre realocação de harmonias
Mas nunca sobreposição e ideias em vão
Não existe necessidade de novas garantias
Independente da qualidade, juízo e moral
Só o que me interessa é o ato de ser
E mais uma vez me reescrever