Precipitação

e as loucuras da alma

Bruna Silva de Albuquerque
Ensaios sobre a loucura
2 min readMay 25, 2020

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fotografia de Hossein Zare

Era o sentimento daquela madrugada, depois de ter passado por tudo antes, ainda me parecia um bom lugar para voltar, talvez eu estivesse louca demais e fora de mim, estivesse cheia demais de tudo.

É isso eu estava cheia demais, cheia da cidade, cheia das pessoas a minha volta, cheia de pensamentos precipitados, cheias das conversas vazias com pessoas que não gostavam de mim, mas atuavam tão bem em seus papeis de medíocres que jamais ninguém desconfiaria, cheias dos sabichões que realmente achavam que sabiam de tudo, eram atlas e ninguém sabia, cheia das mentiras que os ascendentes sempre mantinham firmemente a cada reunião de família, eram desprezíveis mais aceitáveis no fim, talvez não soubessem que eu desconfiava de tudo, até meu cachorro parecia saber que perto de mim ficar seria problema, talvez a precipitação tenha sido só naquela noite, quando enfim decidi abrir os olhos pra vida, pra verdade.

É saber a verdade de tudo é que nos leva a ruína mental, e um completo compilado de loucuras e momentos ruins que se arrependeria por toda a vida, mas seguimos assim com as precipitações da vida, afinal é assim que nós pobres mortais vivemos, a base da loucura, negaremos até a morte, afinal seres lógicos ou aparentemente lógicos sempre se declararam lúcidos e inteligentes mas no fim todos seremos loucos, precipitados ou como quiserem nomear a afronésia.

não se engane em algum momento já fomos loucos ou iremos ser, espero que tenha gostado do texto, sinta-se a vontade pra comentar sobre o texto ou qualquer pensamento ou loucura, ah e se gostou mesmo não esquece os aplausos (eles vão de 1 a 50) eles são importantes pra nos escritores aqui na plataforma!

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Bruna Silva de Albuquerque
Ensaios sobre a loucura

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