Substâncias

Denise Maliska
Ensaios sobre a loucura
2 min readApr 19, 2021

Eu ando me sentindo num profundo mar de desconhecimento, onde nada é o que parece. Pelo dúbio sentido das palavras que chegam ao ouvido, e se tornam menos cruas do que realmente são.
Aquela cama enorme e vasta com lençóis bem claros e macios de algodão parecem aconchegantes a ponto de te levarem ao sono divino e eterno.
Sono esse parecido com um hiato, por me resguardar num looping dentro do universo, em uma renovação energética de um corpo que não existe mais, que se foi para o etéreo.

Sinto essa órbita clamando por um toque de atenção, desse descanso necessário, talvez, ou repensado em alguma estratégia que seja importante para alcançar esses objetivos. Eu já pensei muito nessa vida, já me lancei demais em fantasias e histórias de heróis ou vilōes, maravilhosamente escritas com esse castigo chamado sensibilidade. Prosas ou poemas, virtudes ou desafios que são vistos numa infâmia carta sobre um pano roxo de seda. Já sabíamos, mas os fatos são inevitáveis e muitas vezes se tornam promíscuos. Minha falta de sorte está entregue pela política. Meus centavos são o grão diário que é gastado no pão do mercado, valores altos e a miragem viva em por si só revivida.

Meus buracos fazem parte de uma história sofrida, que definha em lembranças que pouco a pouco se dissolvem num oceano de coragem.

Desse mundo sempre falam, que não levamos nada pro caixão, e somente pagamos pela cova. Até pra morrer se precisa ter cartão e crédito.

Quer conhecer a vida? Então tente enxergar tudo com a lucidez de um alquimista. E verá as perguntas mais obscenas da natureza serem respondidas.

Me sigam também no instagram;

--

--

Denise Maliska
Ensaios sobre a loucura

Escritora e poetisa. Escrevo, linhas, devaneios e tudo o que me resta. Sem mais descrições.