O mar dela
Published in
Jul 16, 2024
Crespo, o mar.
Chuva e vento toldavam a sua visão.
Destemida e irredutível entrou na espuma das ondas.
Remou até à onda,
aquela que revirava dentro dela,
que expunha as suas emoções mais cruas.
Abraçou a onda o mais forte que conseguiu:
subiu, desceu, lutou para manter o equilíbrio
e só saiu dela quando a espuma deu lugar à água limpa.
Brando o seu mar,
a brisa salgada e suave,
agora a paz surfava dentro dela.
[aA.17Julho2024]