Follow Me: documentário da Netflix mostra o processo de trabalho dos influenciadores digitais

O documentário nos faz refletir se quantidade de seguidores significa qualidade.

Ingrid Souza
Entre Resenhas & Poemas
3 min readJun 18, 2020

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Há uma nova forma de trabalho através das redes sociais que para quem não trabalha na área pode achar que é fácil e até o emprego dos sonhos, já que com apenas uma publicação de uma foto de produto no Instagram pode ganhar cinco mil reais. Dessa forma, quanto mais o influenciador tem seguidores, mais pessoas podem utilizar o produto. Para se encaixar no título podem ser pessoas normais ou que já eram blogueiros, é preciso usar a criatividade, carisma e “segurar” os seguidores. A marca ganha e o criador de conteúdo também, mas será que quantidade significa qualidade? Já foi comprovado que existem sites que vendem seguidores. Segundo a fala de uma influenciadora do documentário Follow Me, nos vendemos de alguma forma, somos o produto. Também podemos ver a forma jurídica do processo, como são os contratos, onde pessoas da área precisam postar fotos da marca por um período e muitas vezes não podem fazer publicidade para outra marca de roupa, por exemplo. Um outdoor e anúncio em revistas têm menos resultado do que uma postagem de alguém com muitos seguidores. O alcance é mais rápido, o Instagram atinge um público maior e instantâneo. É preciso que o influenciador se identifique com a marca para obter o sucesso de ambos os lados.

Conforme a fala de jovens do documentário que estavam em um evento de redes sociais, o YouTube é uma identidade, ele te aceita como você é. Ultimamente, os ídolos dos jovens são os Youtubers, crianças já desejam ter essa profissão no momento ou futuramente. Com um simples vídeo na rede social, uma pessoa no anonimato pode se tornar uma celebridade. Por exemplo, na televisão é mais difícil alguém conquistar o espaço, já no YouTube ela pode ficar famosa e chegar a aparecer até no veículo de comunicação. Um exemplo é o Whindersson Nunes que começou com vídeos de humor e hoje em dia é conhecido no país todo, já fez diversos comerciais e participou de programas na TV. Qualquer um pode ser um formador de opinião, a maioria da população tem acesso à internet, câmera nos smartphones e podem produzir conteúdos e opinar. Porém, como pessoas públicas, algumas atitudes podem ser consideradas negativas e serem “cancelados” na internet, como o que aconteceu com Gabriela Pugliesi que “furou” a quarentena para se reunir com amigas postando nas redes sociais, onde a maior parte do público achou errada a sua atitude. Após o ocorrido, a mesma perdeu diversos contratos com marcas. Mas ainda há muita gente nesse meio com boas intenções e utilizam a sua fama para praticar o bem, promovem ações para ajudar o próximo, passando adiante a ideia de solidariedade para os outros.

Ano: 2017

Duração: 1hr 26m

Minha nota: 9

*Texto produzido para a disciplina de Teorias da Comunicação

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Ingrid Souza
Entre Resenhas & Poemas

Quando não cabe mais no peito (seja por tristeza ou por alegria) eu escrevo pra desabafar. Jornalista e falo de livros/séries no @seriandocomlivros